Professores universitários pedem reajuste

Professores das universidades públicas estaduais realizaram, ontem, um dia de protesto pela recomposição anual dos salários dos docentes. Sem ministrar aulas, os professores dedicaram o dia para a realização de assembléias em que discutiram seus salários e suas condições de trabalho. A categoria não descarta uma greve geral.

Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), 50% das aulas foram canceladas, uma assembléia com mais de cem professores foi realizada, mas hoje as atividades acadêmicas deverão voltar ao normal. Já na Universidade Estadual de Londrina (UEL), a paralisação foi de 100% ontem e seguirá no dia de hoje. Apesar da manifestação de curta duração não conseguir nenhum resultado efetivo, os professores acreditam que o movimento é importante para mostrar a preocupação dos docentes a sua capacidade de mobilização. ?O principal resultado da paralisação de hoje (ontem) foi a unificação de todas as universidades. Foi uma ação conjunta, que mostrou a força dos professores do Estado?, comentou o professor Evaristo Colman, da Associação dos Docentes da UEL. Ele lembrou que, no final de semana, o comitê estadual dos professores se reunirá para debater uma possível greve geral.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá, Estela Codato, lembrou que, no ano passado, uma paralisação de três dias foi suficiente para garantir a recomposição. Ela explicou que o salário base dos professores universitários estaduais é de R$ 960,00 – valor que serve de base de cálculo para os reajustes da classe. ?As recomposições que recebemos são insuficientes. É esse salário base que precisa ser reajustado. Nos últimos quatro anos, calculamos perdas de 25%?, argumentou. Estela indicou que ainda não há nenhum movimento de greve na UEM, mas que a reunião com os representantes das outras universidades pode deliberar por novas medidas.

Docentes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná e da Universidade Estadual do Centro-Oeste também aderiram à paralisação. Os professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa não suspenderam as aulas, mas realizaram protestos durante todo o dia.

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