Depois de quase uma semana de greve, os professores e funcionários da rede estadual de ensino decidiram pelo fim da paralisação. A categoria se reuniu nesta terça-feira (29) para avaliar a proposta apresentada pelo governo do estado, que foi aprovada pela maioria dos trabalhadores. O estado de greve, porém, continua.
Apesar da aprovação da proposta, o impasse continua. Os grevistas informaram que o retorno ao trabalho será na próxima segunda-feira (5 de maio), mas em nota o governo ressaltou que a volta às aulas deve acontecer hoje. “A volta imediata das aulas foi uma das condicionantes do governo do Estado nas negociações, pois não existe mais motivo para os alunos continuarem sem aulas”, disse o secretário da Educação, Paulo Schmidt. Os núcleos regionais de educação devem receber orientações sobre a reposição das aulas.
Uma das principais reivindicações da categoria, a hora-atividade passará dos atuais 30% para 33%. No entanto, o valor pago aos professores só deve ser reajustado no próximo ano. “A hora-atividade representa qualidade na educação, por isso, não foi uma assembleia tranquila”, comentou a diretora estadual da APP-Sindicato, Elizamara Goulart. O pagamento de promoções e progressões de 2013 será feito em três parcelas, nos meses de junho, agosto e novembro de 2014.
Se não cumprir, para de novo
Os professores também serão remunerados de acordo com a sua titulação, ou seja, um profissional com especialização receberá um salário superior ao que conta em seu currículo com apenas a graduação. Para os representantes da categoria, essa reformulação nos cargos e salários incentiva o aperfeiçoamento do profissional de educação.
Além disso, será criada uma comissão de estudos sobre o Sistema de Assistência à Saúde (SAS) dos funcionários públicos e a Secretaria da Educação encaminhará proposta de alteração da lei que regulamenta a contratação por Processo Seletivo Simplificado (PSS). Os funcionários das escolas estaduais receberão auxílio-transporte referente a 20 horas semanais.
“Foi um atendimento parcial das reivindicações. Vamos acompanhar o que foi acordado. Caso o governo não cumpra, a categoria irá voltar a greve”, diz o secretário de comunicação APP-Sindicato, Luiz Carlos Paixão. “A categoria não está totalmente satisfeita, por isso mantém o estado de greve”, reforça. Cerca de 7 mil pessoas participaram da assembleia.
Manifestação
A terça-feira começou com uma marcha que contou com professores de várias regiões do estado. Os manifestantes se reuniram na Praça Santos Andrade e seguiram ao Centro Cívico. De acordo com a Polícia Militar, 10 mil pessoas participaram do ato. O sindicato divulgou a presença de 20 mil grevistas.
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