Foto: Fábio Alexandre |
Docentes se concentraram na Praça Santos Andrade antes do início da passeata. continua após a publicidade |
Professores e funcionários de escolas estaduais fizeram muito barulho ontem no centro de Curitiba. Eles aderiram a uma paralisação nacional proposta pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e, no período da manhã, realizaram uma passeata da Praça Santos Andrade até o Palácio Iguaçu. Da regional de Ponta Grossa, que tem 110 escolas em 11 municípios, Castro teve a maior adesão, mas não foram divulgados números. Na cidade de Ponta Grossa apenas o Instituto de Educação, maior escola da região, teve as aulas paralisadas. Nas regionais de Londrina (norte), Maringá (noroeste) e Foz do Iguaçu (oeste) a adesão também foi alta, mas nenhum número foi divulgado. No entanto, a regional de Paranaguá não registrou qualquer paralisação nas 44 escolas da rede.
?Estamos discutindo uma pauta de reivindicações nacional e outra estadual. A primeira trata do piso de R$ 850 para 40 horas semanais, proposto pelo governo federal aos professores de nível médio em início de carreira. Queremos que esse valor aumente para R$ 1.050 para 30 horas?, comentou a secretária de organização do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato), Marlei Fernandes, que também integra a CNTE.
Para nível superior, a categoria pede piso de R$ 1.575. Os participantes da passeata também se manifestaram contra a Emenda 3.
Estadual
Na pauta estadual, a luta era por equiparação salarial com outros servidores estaduais de nível superior. Para isso, era pedido reajuste de 56,94%. A proposta do governo do Paraná é de 17,20%, correspondente a perdas acumuladas desde o ano 2004. ?Se os 17,20% forem dados de uma única vez, a proposta do governo é considerada interessante?, disse o presidente da APP-Sindicato, José Rodrigues Lemos.
No final da manhã, uma comissão do sindicato foi recebida pelos secretários da Educação, Maurício Requião; da Administração, Maria Lunardon; e da Casa Civil, Rafael Iatauro, que garantiram que o reajuste de 17,2% será implementado a partir de maio. Durante assembléia na tarde de ontem, os professores decidiram esperar até o dia 7 de maio, prazo que o governo do Estado deu para explanar à categoria a forma de pagamento dos 17,20%.
Atualmente, segundo a APP, os professores de primeira a quarta séries do ensino fundamental recebem, em início de carreira, R$ 360 para 20 horas semanais. Já os de quinta a oitava séries e de ensino médio recebem R$ 515, também para 20 horas.