Cerca de 20 professores e membros da APP-Sindicato realizam na manhã desta segunda-feira (1º) uma manifestação em frente à casa do deputado estadual Alexandre Curi (PMDB), na Rua Gutemberg, bairro Batel, em Curitiba. O protesto, conhecido como “Café da Manhã”, já havia sido realizado em frente às casas de outros deputados em cidades do interior do Paraná.
Os manifestantes trouxeram para o protesto café, chá, bolo, bolacha e fruta e, aos gritos convidaram, o deputado a se juntar ao café da manhã. O ato começou por volta das 7h30. Os manifestantes se reuniram na calçada da rua, esticaram uma faixa pedindo reajuste salarial de 8,17% e chamaram a atenção da vizinhança com gritos como “Alexandre, como é que é, venha aqui tomar café”, e “Alexandre, como é que é, está esfriando nosso café”. “Não sabemos se ele está em casa, mas o importante é estarmos aqui para manifestar e continuar a luta”, comentou Deborah Fait, da Secretaria-Geral de Curitiba Sul da APP-Sindicato.
A intenção do protesto, segundo a assessoria de imprensa da APP-Sindicato, é pressionar os deputados para que votem contra o projeto de lei que concede reajuste salarial aos funcionários públicos de 3,45%, além de antecipar a data base do funcionalismo em 2016 para janeiro, com reposição de 8,5%, conforme previsão da inflação para o ano de 2015.
Os professores, que estão em greve desde o dia 25 de abril e paralisam as atividades nas escolas públicas pela segunda vez no ano, juntos com os demais funcionários públicos, são contra a proposta do Executivo, pois consideram que as perdas salariais serão grandes. Essa porcentagem, de acordo com o projeto, será parcelada em três vezes até o final de 2015.
Por volta das 10 horas, o grupo que protesta em frente à casa do deputado deve seguir para a frente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), onde deve começar uma manifestação de professores com o mesmo objetivo.
Paranaprevidência
Curi foi um dos 31 deputados que votou a favor das mudanças no regime de previdência do funcionalismo público no dia 29 de abril deste ano. A data ficou marcada pela “Batalha do Centro Cívico”, quando cerca de 200 pessoas ficaram feridas após a repressão da Polícia Militar (PM) contra manifestantes que estavam em frente ao prédio da Alep.
Foto: Antônio More. |