Professores de escolas particulares do Paraná preparam abaixo-assinado contra o reajuste das mensalidades acima da inflação. O documento será entregue aos deputados estaduais nos próximos dias. “Queremos que o poder público intervenha contra as altas mensalidades, que afetam os professores, que não ganham o proporcional, e a população, que tem pago cada vez mais caro pelo estudo dos filhos”, diz o presidente do Sindicato dos Professores no Estado do Paraná (Sinpropar), Sérgio Gonçalves Lima.

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De acordo com levantamento da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenet), as mensalidades terão reajustes, em média, entre 10% e 15% no ano que vem. Enquanto as projeções do mercado financeiro apontam para alta de 5,50% no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) no ano que vem.

Custos

Segundo a Fenet, o reajuste leva em consideração fatores como calote, novas tecnologias e gastos fixos, como aluguel, telefone, água e luz, e, principalmente, o aumento salarial dos profissionais da educação (professores e pessoal administrativo), que, segundo a entidade, representa 70% do custo operacional de uma escola.

No entanto, para os professores essa conta não fecha. Segundo o presidente do Sinpropar, o reajuste alegado pelas escolas não reflete nos salários da classe. “O salário dos professores não cresceu na mesma proporção do valor das mensalidades cobrado pelas escolas. O que está acontecendo é um absurdo, já que as matrículas estão cada vez mais caras, acima da inflação. Só que esse aumento não reflete no nosso salário”, protesta.

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Sindicato se defende

O Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR) informa que propôs reajuste de 10% para o piso salarial da categoria mais aumento de 7% para os salários acima do piso, mas o Sinpropar rejeitou. “Nessa mesma proposta, estava previsto aumento de salário de 15% para auxiliares e funcionários administrativos. Ou seja, um completo desrespeito à nossa classe”, rebate Sérgio Gonçalves Lima.

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