Ao invés de greve, os professores das universidades estaduais do Paraná farão hoje um dia de mobilizações. Cada universidade escolherá a forma de mostrar para a comunidade o arrocho salarial que passa a categoria. A decisão pela mobilização foi tomada depois que representantes das instituições se reuniram, no início da semana, em Curitiba, com as secretárias de Ciências, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Lygia Pupato, e da administração, Maria Marta Lunardon. Segundo o presidente do sindicato que representa os docentes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Luiz Fernando Reis, os professores não conseguiram nenhuma resposta positiva de reajuste das secretárias, que usaram como argumento para a negativa o calendário eleitoral e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Por isso, os professores irão mudar a estratégia e tentar uma audiência com as Secretarias da Fazenda e Planejamento.
?Nossa intenção é conseguir a inclusão na proposta de orçamento do ano que vem um valor para o reajuste dos professores?, disse Reis.
Mas para isso os servidores precisam correr contra o tempo, pois o orçamento será fechado até o dia 30 deste mês, e enviado para a aprovação dos deputados da Assembléia Legislativa. ?Caso não consigamos ser atendidos vamos atuar junto aos deputados para que eles incluam a nossa proposta?, disse.
De acordo com o sindicalista, os professores estão sem reajuste real desde março de 97, e acumulam até hoje 52,06% de perdas da inflação.
Ele ressaltou que nesse período os docentes tiveram apenas duas reposições salariais, de forma diferenciada, que não ultrapassaram os 35%. ?O que nós estamos pedindo é que o governo repasse somente a inflação, que é um direto dos trabalhadores?, finalizou.