Servidores públicos estaduais vão ganhar novo plano de saúde, que será elaborado em conjunto pelo governo e sindicatos que representam o funcionalismo. A criação do grupo de trabalho que vai definir o novo modelo foi decidida na manhã desta quarta-feira (24), em um dia de protesto de professores e funcionários da rede estadual de ensino contra o atual Sistema de Atendimento à Saúde (SAS).

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Integram a equipe que vai trabalhar no novo plano as secretarias da Educação e da Administração e Previdência e o Fórum das Entidades Sindicais dos Servidores Estaduais (FES). A decisão foi tomada em reunião entre os secretários Flávio Arns (Educação) e Dinorah Portugal Nogara (Administração) com dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), no Palácio Iguaçu.

Enquanto o novo sistema está em estudo, emergencialmente os servidores de Curitiba, região e litoral passarão a ser atendidos no Hospital Evangélico. “Até que a solução definitiva seja implantada, o Evangélico substituirá o Hospital da Polícia Militar, que estava com dificuldades de estrutura e recursos humanos”, destacou Dinorah. A mudança deve ocorrer em 30 dias.

Sem aulas

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A APP-Sindicato estima que 80 mil professores e funcionários da rede estadual de ensino paralisaram as atividades. Segundo a entidade, o atual modelo do SAS não atende as necessidades da categoria. Um enterro simbólico do sistema aconteceu em frente à Assembleia Legislativa. A presidente da APP, Marlei Fernandes de Carvalho, aponta várias dificuldades. “Demora três meses para conseguir consulta com especialista, são apenas 15 hospitais em todo o Estado para atender todos os funcionários da rede”, afirma.

Deise Maria Marques é professora desde 2001 e sofre com o SAS. “A gente não consegue marcar consultas”, reclama. A agente educacional Maria Salete Andrade também está insatisfeita. “Moro no Tatuquara e para ir até o hospital leva duas horas de ônibus. Não devia ser em um único lugar”, desabafa.

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Veja na galeria de fotos o protesto.