O momento é de greve geral entre os servidores do estado do Paraná. Diversas categorias já estão de braços cruzados ou em estado de greve e compartilham a mesma pauta de reivindicação. Ontem, professores engrossaram o movimento dos servidores do Detran, bloqueando o acesso aos serviços de vistoria e exame prático na sede do Tarumã, em Curitiba. Para amanhã, um grande ato de educadores está agendado. Nesta terça-feira, os funcionários do Tribunal de Justiça anunciaram que farão uma paralisação durante o dia.
Além do pagamento de salários e terço de férias atrasados, há um estado de alerta para observar o comportamento do Executivo e Legislativo estadual em relação ao “pacotaço”, que modificava benefícios do funcionalismo e foi retirado de pauta, e ao projeto que mexeria nos fundos da Paraná Previdência. O segundo é mais sensível, já que o governo estadual o retirou para avaliação, mas pode enviar para a Assembleia novamente a qualquer momento.
Ontem os professores acompanharam a sessão do Legislativo, a primeira que foi realizada após a ocupação da casa pelos educadores. O clima foi pacífico e não houve transtornos. Para amanhã, está prevista a realização de um grande ato pela educação, com professores de todo o estado em Curitiba.
Os professores, inclusive, ajudaram na mobilização dos servidores do Detran. “Nós estamos em um momento de greve geral dos servidores estaduais. Da mesma forma que o Sisdep [Sindicato dos Servidores do Detran] apoiou nossa greve, nós apoiamos a deles. Nossas pautas são parecidas, ambas têm questões que entram no rol das dívidas do governo do estado e da previdência. Além disso, a categoria dos servidores do Detran é bem menor que a dos professores e boa parte do quadro é de funcionários comissionados, ou seja, os trabalhadores têm dificuldade de se organizar”, explicou Luiz Fernando Rodrigues, secretário de comunicação da APP-Sindicato.
Ensino superior
Para hoje, os reitores das sete universidades estaduais terão audiência com o governador Beto Richa. A pauta principal diz respeito aos artigos 66 e 67 da mensagem inicialmente encaminhada pelo governo à Assembleia Legislativa, envolvendo a autonomia universitária e o custeio dessas instituições. O horário da audiência não foi confirmado.
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