Professores municipais de Curitiba se reuniram, neste domingo (18), no Parque Barigui, onde realizaram mais uma manifestação em prol de melhores condições de trabalho.

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Na semana passada, depois de dois dias de paralisação, a categoria interrompeu a greve até a próxima quarta-feira, prazo estipulado pela Prefeitura para a apresentação de uma nova proposta.

Com o objetivo de pedir apoio da população, os professores fizeram panfletagem no parque e recolheram assinaturas para um abaixo-assinado que será encaminhado ao prefeito Luciano Ducci. No total, 33 mil assinaturas deverão compor o documento que, desde durante todo o mês de março recebe assinaturas.

Até agora, a negociação com a Prefeitura garantiu 33% da jornada de trabalho dedicada a hora-atividade. No entanto, os professores pedem que o valor da gratificação do Programa de Produtividade e Qualidade (PQP), R$ 275, seja incorporado ao salário.

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“Esse benefício não é favorável ao plano de carreira e promove a pequena diferença entre o profissional novo e aquele com anos de experiência”, explica o diretor do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), Gabriel Conte.

De acordo com o Sindicato, a Prefeitura de Curitiba já assumiu o compromisso de transformar a gratificação em salário, por isso, os professores aguardam essa confirmação em “estado de greve”. Só depois dessa proposta é que decidem se a paralisação será retomada ou não.

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Manifestos

A negociação entre professores e Prefeitura ocorre desde o início do mês quando o reajuste salarial de 10% foi anunciado. Insatisfeitos com essa proposta, a categoria reivindica, além da incorporação do PQP no piso, a redução da quantidade de alunos em sala, a quantidade de pedagogos e demais trabalhadores disponíveis nas escolas para atender os estudantes e o plano de carreira.

Para chamar a atenção do governo e contar com o apoio da população, os professores realizaram, nos últimos dias, atos de protesto também no Largo da Ordem e Boca Maldita.

“Queremos que nossa luta por melhor qualidade na educação seja também de todos, lembrando que para isso acontecer é necessário muito mais de que aumento dos salários”, afirma Conte.