Professores municipais de Araucária cruzaram os braços ontem para cobrar da prefeitura pagamento dos benefícios atrasados desde o início do ano. De acordo com o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária (Sismmar), 1,2 mil entre os dois mil docentes aderiram à paralisação, que afetou o atendimento a 23 mil alunos nas 42 escolas da rede. As aulas voltam ao normal hoje, mas a mobilização deve continuar.
Estão suspensos benefícios como quinquênio, promoções por tempo de serviço, reajuste salarial e o adiantamento do 13.º salário, previsto para este mês. A prefeitura argumenta que está impossibilitada de realizar os pagamentos por causa da situação financeira. O município estima perda de R$ 45 milhões na receita.
Congelamento
O secretário de Educação, Ronaldo Assis Martins, afirma que o município ultrapassou o limite de gastos estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal com a folha de pagamento. “Não podemos pagar vantagens além do salário. Os benefícios estão congelados momentaneamente”, diz. Ele anunciou ainda que o dia não trabalhado será descontado.
Uma comissão de professores foi recebida pelo prefeito e secretários, e a presidente do Sismmar, Giovana Paola Piletti Brondani, discorda da explicação. “Ainda que a margem prudencial impeça, as contas não são pagas desde janeiro. Estão acumuladas e queremos receber”, reclama.