A semana está sendo de mobilizações em Curitiba, contra o pacote de medidas Governador Beto Richa (PSDB), que corta benefícios dos funcionários públicos, e será votado hoje pelos deputados estaduais. Por conta disso, cerca de 5 mil professores e funcionários do Estado comparecem nesta terça-feira (10) no Centro Cívico para tentar barrar a aprovação da medida. Ontem, a categoria passou o dia em frente à Assembleia Legislativa do Paraná e ganhou a adesão de outras categorias.

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De acordo com a APP-Sindicato, a expectativa para hoje é que cerca de 20 mil servidores compareçam ao movimento. A entidade estimou que todos os 2,1 mil colégios ficaram sem aula.

Adesão

Agentes penitenciários se juntaram aos professores no ato realizado desta terça-feira (10). (Foto: Colaboração/Hamilton Bruschz)

Outras categorias se juntaram aos professores. Hoje estão presentes representantes dos professores universitários estaduais, agentes penitenciários e servidores estaduais da saúde, que engrossam o coro contra o “pacotaço” de medidas de austeridade que devem cortar benefícios do funcionalismo público do estado.

“O movimento está muito maior”, garantiu Marley Fernandes, secretária de Finanças do sindicato dos professores. (Foto: Colaboração/Hamilton Bruschz)
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“O movimento está muito maior”, garantiu Marley Fernandes, secretária de Finanças do sindicato dos professores. Ainda ontem, servidores da saúde municipal (Sismuc), do poder Judiciário estadual (Sindijus) e dos engenheiros (Senge) manifestaram solidariedade à causa dos docentes. Alunos do Colégio Estadual do Paraná (CEP) e integrantes do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) também marcaram presença.

Servidores unidos contra pacote. (Brunno Covello)

Tratoraço

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O líder do governo Beto Richa (PSDB) na Assembleia Legislativa, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), apresentou ontem pedido para que o plenário seja transformado em “comissão geral” hoje.

Com isso, os dois projetos do pacote fiscal enviado pelo governador na semana passada poderão ser votados no regime conhecido como “tratoraço” – rapidamente, e sem ter de passar pelas várias comissões da Casa.

Ainda assim, os deputados pressionaram o governo a recuar no fim dos quinquênios e das mudanças nas regras das promoções dos professores. O plano de desenvolvimento das carreiras dos docentes, com cursos periódicos, também não seria mais modificado. Continuam o corte do auxílio-transporte nas férias e afastamento, dificuldade para tirar licenças, remanejamento dos professores da área administrativa para a sala de aula e a fusão dos dois planos da Paraná Previdência.