Os professores e funcionários da rede estadual de ensino decidiram, em assembleia realizada no sábado (29), em Curitiba, entrar em greve a partir do dia 23 de abril. A reunião também aprovou a realização de um acampamento em frente ao Palácio Iguaçu nos dias 23, 24 e 25 de abril e a continuidade da campanha “Hora-atividade pra Valer”.

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Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP Sindicato), a categoria acusa o governo do Estado de descaso e lentidão nas negociações. Os professores reivindicam 33% de hora-atividade, implantação do Piso Nacional para o professor (mínimo de 8,32%), reajuste no mesmo índice do Piso Regional (7,34%) para os funcionários de escolas, pagamento das promoções e progressões em atraso, fim do corte do auxílio transporte para os afastados por licença médica, melhoria do contrato PSS e a implantação de um novo modelo de atendimento à saúde do funcionalismo público.

Paralisação de 24 horas

No dia 19 de março, professores e funcionários das escolas promoveram uma paralisação de 24 horas. A categoria realizou uma passeata em Curitiba, que terminou em frente ao Palácio Iguaçu. Naquela data, a Secretaria de Estado da Educação alegou que “desde 2011, o Governo do Paraná tem implementado ações de melhorias e valorização dos profissionais da educação, como a equiparação salarial da categoria com os demais servidores de nível técnico do executivo e aumento salarial acumulado de 50,16%, em menos de três anos”.

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Greve histórica

“Todos nós estávamos favoráveis à greve. Agora a categoria precisa se organizar para construir o movimento para fazer com que o governo atenda as nossas propostas”, declarou a presidente do sindicato, professora Marlei Fernandes de Carvalho. “Agora todos nós temos o desafio e a tarefa de construir a partir do seu local de trabalho uma greve histórica para a educação do Paraná. Caso o governo não queira a greve, que apresente uma proposta concreta para o atendimento dos principais reivindicações da categoria”, disse o secretário de imprensa do sindicato, professor Luiz Carlos Paixão.

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