Depois de quase dois meses de negociação, professores da rede municipal de ensino de Colombo retomaram nesta segunda-feira (2) uma greve iniciada ainda em fevereiro. A categoria alega que a Prefeitura não cumpriu com o compromisso de atender todas as reivindicações da categoria, firmado já nos primeiros dias do movimento. Apesar de o juiz do plantão judiciário de Curitiba, Jefferson Alberto Johnsson, já ter considerado a greve ilegal, sob pena de multa diária de R$ 10 mil, eles pretendem manter a mobilização.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Colombo (APMC), Claudinei Duarte de Lima, 40 das 87 escolas da cidade aderiram pelo menos parcialmente a esta segunda paralisação. A categoria pede cumprimento da hora-atividade prevista em lei, repasse da contribuição sindical à entidade representativa e reposição de perdas salariais históricas. “Houve alguns avanços, como o pagamento da hora-atividade para os professores devido à falta de profissionais para compor o quadro e a aprovação na Câmara do reajuste salarial para contemplação da Lei do Piso, mas as demais questões ainda estão pendentes”, explica.
A Prefeitura, entretanto, considera o movimento “apressado”. “Estamos cumprindo tudo o que nos comprometemos. Essas questões serão resolvidas em breve, pois já estão bastante encaminhadas”, comenta o secretário de Educação, Alcione Luiz Giaretton. Além do pagamento retroativo de hora extra pelos meses de não cumprimento da hora-atividade, esta questão deve ser resolvida com o chamamento dos aprovados em concurso público. O repasse da contribuição sindical também será restabelecido após conferência dos professores associados. Por último, a questão das perdas históricas deve ser negociada nesta quarta-feira (5), quando o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apresenta levantamento sobre valores devidos e impacto financeiro. A reunião foi agendada há mais de um mês.