Os professores da Universidade Estadual do Oeste (Unioeste), em assembleia na tarde de ontem, definiram a possibilidade de uma greve do corpo docente a partir de 4 de agosto. Eles exigem que o governo estadual contrate os 71 docentes aprovados no último concurso público até 26 de julho, quando começa o segundo semestre letivo.
Haverá nova assembleia um dia antes da prevista greve para confirmar a ação. “Não há como escapar do buraco no segundo semestre. Todos os anos o governo autoriza o concurso e atrasa de quatro a seis meses na contratação, mas nunca atrasou tanto quanto este ano”, explica Luis Fernando Reis, diretor do Sindicato Docente da Unioeste (Adunioeste).
De acordo com ele, algumas disciplinas como Estatística não são ofertadas em vários cursos desde fevereiro. Ele garante que o curso de Administração em Francisco Beltrão tem apenas nove professores e os outros três, que foram aprovados em concurso há mais de oito meses, ainda não foram contratados. “O professor que entrar em agosto para trabalhar terá que lecionar a disciplina anual em apenas um semestre. Isso sobrecarrega muito tanto o aluno quanto o professor”, lembra o diretor.
Participaram da reunião estudantes integrantes do Centro Acadêmico da Unioeste, que concordaram em repassar para o governador Pessuti a responsabilidade da decisão.
“Como não há acordo entre os secretários, o governador terá que resolver o problema. A Unioeste tomou esta atitude, e provavelmente outras universidades vão aderir”, revela Reis.
Resposta
Através da assessoria de imprensa, Nildo José Lübke, secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, informou que “o governo está tomando todas as providências.
Na Unioeste não falta professor, entretanto, com relação ao Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) a que se referem essas vagas, a lei foi aprovada apenas ontem no Legislativo e a mensagem está sendo encaminhada para o governador sancionar. Logo a seguir, o governo tomará as providências cabíveis”.
