Professores da rede estadual fazem paralisação

Os professores da rede estadual de ensino promoveram uma paralisação em todo o Estado nesta quarta-feira (4). Às 9 horas da manhã, eles se reuniram na praça Santos Andrade, no centro de Curitiba, e saíram de lá por volta das 10 horas rumo ao Palácio das Araucárias, no Centro Cívico, passando pelas ruas João Negrão, Marechal Deodoro, Marechal Floriano e Cândido de Abreu.

Segundo o professor José Rodrigues Lemos, presidente da APP Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná), cerca de cinco mil educadores participaram da passeata. De acordo com Lemos, vieram mais de 60 ônibus de vários munícipios do Estado, além de vans e carros. Francisco Beltrão compareceu com quatro ônibus e Cascavel com dois.

Como nem todos puderam comparacer à capital paranaense para a manifestação, o ato também aconteceu em outras cidades, como Cascavel, Ponta Grossa e Paranavaí.

Os professores reivindicam a equiparação salarial com os demais servidores públicos; plano de carreira para os funcionários de escola; implantação do cargo de 40 horas para os professores; implantação da lei nacional que institui o direito a aposentadoria especial para pedagogos e diretores de escolas; redução do número de alunos por turma e melhoria do atendimento à sáude dos educadores.

O professor Lemos explicou que o aumento de 5% que o governo deu para a classe no último mês foi importante, mas que não corrige a defasagem salarial dos professores. O reajuste foi estabelecido pela lei 15.843/2008, de autoria do governo, aprovada pela Assembléia Legislativa e sancionada no dia 21 de maio. Lemos também afirmou que o governo "usa artifícios e mascara os números e que isso não pode mais acontecer".

Uma das reclamações está voltada para o SAS – Serviço de Atendimento ao Servidor. O presidente do APP Sindicato disse que o sistema de saúde está muito ruim. Ele relatou que os hospitais recebem dinheiro mensalmente, como se fosse uma "mesada", e não por serviço prestado e afirmou acreditar que o sistema precisa ser mudado.

Secretaria de Estado da Educação

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação informou que as principais reivindicações dos professores – a equiparação salarial e o plano de carreira – estão sendo tratadas em conjunto com o APP Sindicato e a Secretaria. As reuniões são constantes e a Secretaria não vê motivo para a paralisação. Ainda declarou que concorda com uma equiparação salarial com os professores dos demais estados, que acha importante um salário padrão, mas que este assunto é de agenda nacional.

Hoje a Secretaria de Estado da Educação tem um quadro próprio de 60 mil professores.

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