Professores da Espírita definem rumos da greve

Os professores das Faculdades Integradas Espírita decidem amanhã, às 19h30, na sede da instituição, se retornam às aulas, encerrando a paralisação iniciada no último dia 10. Durante audiência conciliatória, realizada ontem no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Curitiba, eles receberam uma proposta da faculdade e decidiram fazer uma assembléia geral para discuti-la.

Os professores reclamam do sistemático atraso no pagamento de seus salários desde o início 2001. A gota d?água para o início da greve foi o atraso nos meses de junho e julho. Conforme o advogado dos professores, Valdir Perrini, o mês de junho já foi pago, mas apenas para os professores da graduação. Os da pós-graduação ainda não receberam. Os vencimentos do mês de julho ainda não foram depositados para todos os cerca de 150 integrantes do corpo docente da instituição.

Perrini explicou que além dos pagamentos atrasados, a criação de uma Comissão Gestora das Mensalidades é uma das exigências da categoria. Sindicato dos Professores de Ensino Superior do Paraná, Associação dos Professores das Faculdades Integradas Espírita e o Diretório Central de Estudantes (DCE) da instituição aprovam a medida. “Queremos participar da gestão do dinheiro das mensalidades e dar prioridade aos pagamentos de salários e à infra-estrutura instituição”, comentou Perrini. Ele destacou que a audiência de ontem não foi muito positiva. “Eles disseram que só pagam os salários dez dias após o retorno das aulas. Antes a proposta era de vinte dias. Não melhorou muito, mas resolvemos discuti-la em assembléia geral amanhã”, afirmou o advogado.

Ação

Lineu Miguel Gomes, advogado que representa um grupo de alunos da instituição, afirmou que, caso a situação não se normalize em breve, entrará com ação na Justiça Federal. “A relação trabalhista entre professores e faculdade é uma. Já a relação entre alunos e instituição é outra, de natureza jurídica, regida por um contrato, que não vem sendo cumprido já que os alunos estão pagando as mensalidades, mas não estão tendo as aulas”, analisou Gomes, destacando que pretende depositar as mensalidades em juízo e exigir da instituição que preste o ensino previsto em contrato.

Só voltando

A advogada da faculdade, Cláudia Bueno Gomes, confirmou que a instituição só aceita pagar os salários com a volta dos professores às aulas. “O prazo pode até ser menor que dez dias. Mas eles têm que voltar”, afirmou, destacando que não ainda não tomou conhecimento da ação dos alunos.

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