Professores cobram plano de cargos e carreiras

Os professores pretendem comparecer amanhã na Secretaria de Estado da Educação (Seed) para reivindicar o avanço no plano de cargos e carreiras, que deveria ter ocorrido em outubro. Eles também reclamam que os docentes que começaram a trabalhar em setembro, substituindo outros que estão em licença, ainda não receberam. Segundo a assessoria de imprensa da Seed, ontem, a secretária Sueli Seixas esteve reunida com o governador Jaime Lerner para encontrar uma solução para o problema.

Os professores reclamam que cerca de 15 mil profissionais teriam direito ao avanço na carreira. O presidente da APP-Sindicato, José Lemos, garante que há dinheiro para o pagamento. Afirma que há mais de R$ 59 milhões no Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef), que poderiam ser usados para proporcionar a progressão. Outro problema apontado pela categoria são os novecentos docentes que começaram a trabalhar e estão desde setembro sem receber.

A assessoria da Seed informou que os professores não receberam ainda porque o Tribunal de Contas colocou em dúvida se a contratação dos profissionais era legal, por ser período eleitoral. A situação foi resolvida, mas ainda não foi definida uma data para o pagamento dos docentes.

Em aberto

Lemos reclama ainda que existem 800 horas, aula em aberto no Estado. A assessoria informou que a situação acontece, principalmente nas disciplinas de química, física e matemática, porque faltam docentes nessas áreas. E também porque o processo para chamar os professores é demorado.

Lemos critica também um decreto baixado pela Seed que reduz em 17% o número de horas presenciais no ensino noturno. Assim, eles passam 83% do tempo na escola e o restante participando de projetos interdisciplinares. “Eles estão descumprindo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), que diz que são obrigatórias as 800 presenciais”, argumenta Lemos. Mas a assessoria de imprensa informou que a medida foi tomada, porque os alunos do período noturno são pessoas que trabalham o dia todo e não conseguem ficar na escola até mais tarde.

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