Embora a produção transgênica auto-sustentável seja tendência mundial irreversível, é necessário que se tenha um certo cuidado e uma ampla investigação científica. Segundo o professor e coordenador do Laboratório de Biologia Molecular Aplicada à Agropecuária da Pontifícia Universidade Catílica (PUC) do Paraná, Humberto Maciel França Madeira, dentro de no máximo quinze a vinte anos é provável que o mundo aceite os organismos geneticamente modificados (OGM). A China foi o primeiro país que autorizou e começou a comercializar esses produtos, em 1990, mas o principal produtor das sementes são os EUA.
Em biologia, trans significa alguma coisa diferente, que não é do mesmo organismo. Transgene é um gene retirado de um organismo de uma espécie e passado para o organismo de outra espécie. Atualmente estão sendo desenvolvidas plantas GM com tolerância ao estresse e resistência ao alumínio em solos ácidos e ao sódio em solos salinos, permitindo a produção em terras marginalizadas. Além de maior produtividade, evita a destruição ambiental causada pela expansão da fronteira agrícola. Essas plantas, que são chamadas de ?biofábricas?, podem ainda ser usadas como fonte de fácil acesso de vacinas sem a necessidade de refrigeração ou administração de especialistas. ?Não existe qualquer justificativa para alarmes. O impacto do uso de OGM à saúde humana e ao meio ambiente é desprezível?, revela Humberto Maciel.
