Janeiro mal começou e três faturas telefônicas da operadora Vivo, que somadas chegam a quase R$ 600 em valores, vieram no nome do professor Alfredo Burzin que nem é cliente da empresa. Embora não tenha computador ou internet, e o celular é pré-pago da operadora Tim, o professor recebeu duas faturas da Vivo na quinta-feira e outra ontem referentes aos serviços de telefonia e internet móvel.

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Para a polícia, trata-se de caso típico de estelionato do qual todos que preencheram cadastro estão sujeitos. “Pelas características é mais uma vítima de bandidos que conseguem dados pessoais pelo comércio de cadastros de clientes. A quadrilha usa essas linhas por 20 dias e depois troca para justamente evitar ser pega”, explica o delegado adjunto da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC), Vinícius Borges Martins.

Segundo o policial, para quem tem os números de Registro Geral e do Cadastro de Pessoa Física (CPF) indevidamente usados cabe procurar a delegacia em registrar o Boletim de Ocorrência. “É uma maneira de se resguardar já que esse tipo de crime é bem difícil de rastrear”, reconhece Martins. O Paraná Online telefonou para os três números que constam nas faturas, dois estavam indisponíveis e em um deles atendeu uma mulher que se identificou com Angela. Ela disse ser cliente da Vivo e apesar de informada do caso respondeu que “não podia conversar no momento por estar dirigindo”. Depois disso, o número também ficou indisponível.

Fornecedor deve ser avisado

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Alfredo Burzin registrou boletim de ocorrência ainda no dia 3, quando recebeu as duas primeiras faturas, mas isso não impediu de ontem chegar a terceira conta indevida. Segundo o professor, em cinco dias tentou diversas vezes contato com a operadora para informar o problema. “Tenho 12 números de protocolos, mas ninguém deu solução”, garante. A advogada da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa ao Consumidor (Procon-PR) Cila Santos alerta que mesmo em caso de suspeita de estelionato, o consumidor precisa procurar o fornecedor. “Se não conseguir contato com o fornecedor, é necessário procurar o Procon ou o Juizado Especial Cível, pois cabe o fornecedor identificar se houve falha no envio da fatura ou está sendo vítima de golpe”, destaca a advogada. A Vivo foi procurada pela reportagem e, por meio de sua assessoria, disse que o setor responsável já está apurando as informações do caso.