O professor da rede estadual de ensino Carlos Castilho Junior, de Maringá, não está indo trabalhar por conta da greve que ele e seus colegas deflagraram. O impasse permanece e não há solução à vista para a volta às aulas no Estado.
Mas nem por isso o professor Castilho deixa de exercer o seu ofício. Ele criou uma sala de aula virtual para os seus alunos. Ele instalou um microfone em seu computador e posta conteúdos no Facebook para os seus alunos que estão se preparando para enfrentar o vestibular ou as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Castilho renova os conteúdos duas vezes por semana. A ideia surgiu por causa da demana de uma aluna que estava sentindo falta das aulas. Num primeiro momento, a audiência das aulas de Castilho estavam com 27 alunos. Mas agora já passam de 200.
Castilho não se considera um fura-greve. Ele garante que não pretende voltar às salas de aula enquanto o governo não pagar o devido reajuste aos professores. Castilho se defende afirmando que ensinar longe da sala de aula não é ir contra a greve. Para ele, nada substitui o professor em sala de aula.