Professor denuncia a subutilização das vacinas

A prevenção de doenças por vacina ainda é um tabu na medicina mundial. Conforme o professor e doutor em Infectologia Edmilson Migowski, da Universidade Federal do Rio (UFRJ), a vacina é subutilizada no mundo. O Brasil é exemplo em campanhas de vacinação. O Paraná, segundo o especialista, é o melhor Estado da Federação na utilização do método de prevenção de doenças. Entretanto, assim como em toda parte do mundo, a vacina não é utilizada adequadamente em adultos.

Hoje, Migowski proferirá palestra em Curitiba para mais de cinqüenta profissionais da área médica sobre a vacinação em adultos e crianças. O evento será na Associação Médica do Paraná (AMP), às 20h.

Migowski explicou que mesmo tendo eficácia comprovada, a vacina é considerada em várias partes do mundo como “coisa de criança”. No Brasil, além da poliomielite (paralisia infantil) radicada há muito tempo, doenças como varíola, sarampo e meningite por Haemophilus influenzae tipo B também foram controladas graças às vacinas.

Já a vacinação em adultos é completamente desprezada em nosso País. Muitas das vacinas que devem ser tomadas a cada dez anos são simplesmente esquecidas por adultos e adolescentes. O Sistema Único de Saúde (SUS) fornece gratuitamente as vacinas para hepatite B e duplo tipo adulto (difteria e tétano). Mas há deficiência na vacinação para a hepatite A, catapora e a tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche). A última chegou ao Brasil apenas há três meses. “Existe um ciclo vicioso: o governo não faz campanhas de divulgação sobre a vacinação adulta, pois não pode atender toda demanda, já que não fornece todos os tipos necessários de vacina; já a população não procura a vacinação por não saber de sua necessidade”, criticou Migowski. Ele salientou que até no caso da hepatite B, em que o governo fornece gratuitamente as vacinas, a cobertura é de apenas 30% na fase adulta.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo