Foto: Lucimar do Carmo/O Estado

Pedro: desinformação.

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Os brasileiros não têm muito do que se orgulhar hoje, Dia Mundial do Doador de Sangue. A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que o ideal é que 5% da população de um país seja doadora. Porém, no Brasil, essa porcentagem é inferior a 3%, o que faz com que os bancos de sangue públicos e privados estejam constantemente com baixa quantidade do produto estocado.

Com objetivo de mudar essa realidade, conscientizar as pessoas sobre a importância da doação e fazer com que a capital paranaense passe a servir de exemplo a outras cidades brasileiras, sendo apontada como um local onde os bancos de sangue estão sempre bem abastecidos, foi criada, no último mês de março, a Associação dos Doadores Voluntários de Sangue de Curitiba (ADVS). A entidade reúne pessoas interessadas em fazer o bem através da doação e realiza trabalhos no sentido de convencer outras pessoas a também se tornarem doadoras.

?Nosso trabalho é realizado através da internet. Enviamos e-mails às pessoas falando dos benefícios da doação de sangue e explicando que doar é extremamente simples e não gera risco algum ao doador. No próximo dia primeiro de julho (sábado), pretendemos realizar um grande mutirão de doação. Estamos entrando em contato com pessoas que já são doadoras, pedindo que elas compareçam ao Hemepar (Centro de Hemetologia e Hemoterapia do Paraná) no dia primeiro e tentem levar com elas pelo menos mais um novo doador?, afirma o presidente e um dos fundadores da ADVS, Pedro Henrique Ventura.

Na opinião de Pedro, que é doador voluntário há cinco anos, as pessoas deixam de doar por medo, desinformação e preconceito. Apesar de todas as campanhas em prol da doação deflagradas no País, muita gente ainda erroneamente acredita que o sangue doado pode fazer falta ao organismo, que a doação é dolorida, pode fazer com que o doador sofra algum tipo de contaminação, engorde ou emagreça.

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?Atualmente, a grande maioria das pessoas só doa quando tem um parente necessitando de sangue ou quando precisa de dispensa no trabalho (por lei, quem doa sangue tem direito a um dia de folga no serviço). É difícil quem doe de forma voluntária e por amor ao próximo, o que gera uma satisfação e uma sensação de missão cumprida bastante grande?, comenta.

Segundo a assistente social e chefe da divisão de relações comunitárias do Hemepar, Nely Maria Coimbra Moura, a doação é simples e rápida. Pode ser doadora qualquer pessoa que esteja bem de saúde, tenha entre 18 e 65 anos de idade, mais de 50 quilos e não tenha comportamento de risco de HIV. Em Curitiba, o Hemepar está localizado na Travessa João Prosdócimo, 145, no Alto da XV. As doações podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 19h, e aos sábados, das 8h às 17h.

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