O Procon de Londrina vai notificar duas empresas fabricantes de produtos fisioterápicos a prestarem esclarecimentos sobre as denúncias de ?golpe? contra idosos. O Procon estadual e o Ministério Público do Paraná também estão em alerta. Tanto em um quanto no outro já existem registros que podem ser do mesmo crime. As empresas em questão são a Fisiolar Fisioterapia Domiciliar Ltda. e a Fuji Yama do Brasil, ambas de Londrina.  

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Como divulgado na última segunda-feira no Jornal Nacional, golpes estariam sendo aplicados em idosos no Rio Grande do Sul. Segundo a matéria, a Polícia Civil daquele estado está investigando empresas que oferecem os poderes milagrosos de uma certa almofada térmica. Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) dizem que foram coagidos a contrair empréstimos para comprar o produto e que acabaram enganados. No entanto, o problema pode também estar ocorrendo no Paraná. Segundo registros do Procon estadual, existem seis reclamações (já resolvidas) contra a Fisiolar: três em relação a contratos; duas desistências ou cancelamentos de compra, e uma por propaganda enganosa. Já em relação à Fuji Yama são três registros (também já resolvidos): dois por desistências ou cancelamentos de compra, e um por propaganda enganosa.

De acordo com o MP, também já houve denúncias em relação à venda de produtos fisioterápicos em Curitiba e Região Metropolitana. As queixas foram feitas ao Centro de Apoio Operacional da Promotoria do Idoso, que não informou o número de reclamações nem a localidade ou a empresa envolvida na denúncia.

A assessora jurídica do Procon de Londrina, Rejane Aragão, informou ontem que também ainda não houve registros locais em relação ao golpe. Rejane ainda explica que nesses casos o que acontece é que o vendedor leva o idoso ao erro. ?Eles falam como se o produto fosse essencial para a vida do idoso e como se fosse resolver todos os seus problemas de saúde. Depois que o consumidor vê que o efeito não é bem aquele, se arrepende, mas o vendedor diz que o contrato já foi assinado e que nada mais pode ser feito. Os empréstimos são feitos, com juros altíssimos, descontados na folha de pagamento dos benefícios do idoso?, explica Rejane.

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Representantes da empresa Fisiolar não foram encontrados para comentar o caso. Já o diretor comercial da Fuji Yama, Sebastião Barbosa, comentou que a empresa não tem qualquer relação com o golpe. ?Somos fabricantes. Vendemos no atacado para distribuidores que revendem. Nunca tivemos problema. Acredito que as denúncias apresentadas foram casos isolados no Rio Grande do Sul.?