Duas partidas de futebol terminaram antes do apito final na manhã de domingo. Coincidentemente dois jogadores morreram em campo em jogos disputados em locais diferentes. O primeiro caso foi às 11h, no Orleans. O tenente da reserva da Polícia Militar, João Altair Gomes, com 61 anos, passou mal durante o intervalo do jogo. Ele foi socorrido pelos amigos, mas morreu no local. Pouco depois a situação se repetiu numa quadra de futebol sintético no Xaxim. Um jogador de 48 anos passou mal durante a partida, foi atendido e morreu ali mesmo.
Casos como estes não são comuns, mas chamam a atenção porque poderiam ter sido evitados. O cardiologista do Hospital Constantini, especializado em medicina do esporte, Luis Gustavo Marin Emed, ressalta que o problema não está na prática dos exercícios, mas nos fatores de risco. “As pessoas sobrevivem pela atividade física, que traz benefícios a qualquer indivíduo. Ser sedentário é muito pior”, afirma.
Cuidados
Para evitar que o exercício físico se torne prejudicial à saúde é preciso, em primeiro lugar, o acompanhamento médico, cuidado que deve ser tomado a partir dos 35 anos. Também é necessário estar atento aos fatores de risco como pressão alta, colesterol e glicemia elevados, obesidade e histórico de doenças cardíacas na família.
Os primeiros sinais que algo está errado se manifestam quando o atleta se cansa com facilidade, sente dores no peito, tem palpitação e desmaios. “O atleta de fim de semana tem o risco adicional, pois pratica em alta intensidade. Quanto maior a intensidade, maior o risco”, alerta Emed. No combate a estes problemas estão os hábitos saudáveis de vida, com atenção para alimentação, repouso e controle de doenças. “Temos que conhecer nossos limites”, orienta o médico.
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