Policiais rodoviários federais de todo País entraram em estado de greve ontem. O objetivo é chamar a atenção do governo para uma série de problemas enfrentados pela categoria ao longo dos últimos anos, como baixa remuneração, sobrecarga de trabalho e necessidade de maior qualificação profissional.
No Paraná, o indicativo de paralisação não prejudicou os serviços prestados nas estradas. Os policiais mantiveram suas atividades normais. ?A partir de amanhã, vamos usar uma faixa preta no braço, promover algumas manifestações e fazer operação-tartaruga. Nossa programação de atividades ainda está para ser definida?, comentou o presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Paraná, Ismael de Oliveira, que também é integrante do Conselho de Representantes da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais.
Segundo Ismael, o estado de greve será mantido até 29 de agosto. Se até lá as negociações com o governo não avançarem, a categoria pode iniciar uma paralisação efetiva por tempo indeterminado. ?Só não entramos em greve ainda em função da crise nos aeroportos, que está fazendo com que o fluxo de veículos nas estradas aumente em até 30%; das férias de julho, que devem fazer com que um número maior de pessoas se desloquem; e dos Jogos Pan-Americanos?.
A principal reivindicação dos policiais é que seja exigido nível superior para ingresso na Polícia Rodoviária Federal. Atualmente, é preciso apenas ensino médio. Porém, a categoria também pede a contratação de novos policiais e isonomia de tratamento entre as polícias mantidas pela União. ?Atualmente, somos apenas 10 mil policiais rodoviários federais em atividade (540 no Paraná), a mesma quantidade que existia em 1979. Queremos que haja abertura de vagas para contratação de, no mínimo, mais 10 mil profissionais, o que garantiria um policiamento mais intenso e efetivo à população?, afirmou Ismael. ?Já em relação à isonomia, nosso piso salarial é 20% inferior ao das demais polícias mantidas pela União. Estamos solicitando uma equiparação.?