Depois de pelo menos duas décadas de encantamento com o que a indústria foi capaz de colocar nas prateleiras dos mercados, resultando no aumento disparado de doenças cardiovasculares e aumento de peso da população, as pessoas resgataram práticas mais saudáveis para a alimentação, como por exemplo, levar para o trabalho a comida feita em casa. A marmita, que por muito tempo ficou escondida, voltou a ser moda.
“Não é só um modismo. A população que se acostumou a abrir lata e pacote e com o passar dos anos, foi acabando com a saúde. Agora, são ótimas essas iniciativas de retomar bons hábitos, comer mais alimentos naturais”, afirma a nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutrição (CRN) Luciane Gonçalves de Lima.
Hábito
Trocar o restaurante ou o lanche rápido na hora do almoço pela marmita exige disposição para mudanças de hábito, mas com ganhos no bem-estar. A nutricionista esportiva Giovana Leiner conta que uma boa maneira de começar é não tentar radicalizar de uma vez só. “Muita gente desiste porque acha que dá muito trabalho ter de cozinhar todos os dias para levar a própria refeição para o trabalho. Mas, se separar uma ou duas horas no final de semana para o pré-preparo, congelando pequenas porções, logo se habitua a essa nova rotina”, destaca.
Além da saúde, o bolso também ganha. Comer em restaurantes tem custo mais elevado do que uma refeição preparada em casa. Na sua pesquisa de 2015, a Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert) verificou que um prato-feito em Curitiba custa, em média, R$ 24,56.