Foto: Aliocha Maurício

 Aterro sanitário da Caximba tem mais quatro anos de vida útil.

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A Promotoria de Justiça do Meio Ambiente está cobrando que os administradores municipais apresentam planos de reciclagem e compostagem (transformação do lixo orgânico em adubo) para diminuir o impacto no local. A preocupação é que o aterro teria apenas mais quatro anos de vida útil. A estimativa é que 2,4 mil toneladas são desejadas todos os dia no Caximba.

Em uma audiência pública realizada ontem, em Curitiba, representantes de diversos municípios deveriam apresentar seus projetos para resolver a questão. De acordo com o procurador de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente, Saint-Clair Honorato Santos, desde dezembro as prefeituras estão sendo convocadas para se manifestar sobre o assunto, e quase um ano depois, poucas apresentaram seus projetos. Ele adiantou que, a partir de hoje, o Ministério Público irá colocar na internet os números da geração de lixo de cada município, bem como o que pretendem fazer para reduzir esses números. "Queremos que a população acompanhe isso, cobre e participe", falou.

Para o promotor, existem formas criativas para resolver essa questão, mas que precisam do envolvimento do cidadão. Uma dessas alternativas seria a entrega voluntária, que segundo o promotor, pode reduzir o problema da coleta em regiões rurais ou longe dos centros, e dos que geram um grande volume de lixo, "e ainda promoveria a redução de custos para as s". O promotor adiantou que os supermercados estariam aptos para receber e dar destino a esses materiais. Outra possibilidade que também foi levantada seria o abatimento em impostos, como o IPTU, para estimular as práticas de reciclagem e compostagem.

Além das prefeituras, a promotoria também está cobrando de outros grandes geradores de lixo, como indústrias, universidades e aeroportos, para que apresentem seus planos privados de redução da quantidade de material produzido, cuja fiscalização do cumprimento ficaria por conta das administrações municipais. Honorato Santos aposta que com essas medidas seria possível reduzir em 80% o volume de lixo despejado no aterro, já que hoje 40% do material que chega no Caximba é reciclável, 40% é lixo orgânico e somente 20% precisa realmente ser aterrado. 

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