A briga pelo compartilhamento do uso de postes por operadoras de telefonia e tevê a cabo vai custar caro para as empresas que mantém cabos irregularmente. As principais infrações constatadas pela Copel e pela prefeitura foram a sobrecarga de mais de quatro cabos por poste, fios abaixo de 5 metros de altura e até 77 postes instalados irregularmente sem alvará, no anel central de Curitiba.
“Notificamos todas as empresas e a partir do dia 20 de janeiro iremos multar quem não regularizou a situação e confiscar os cabos”, alerta o secretário municipal de Governo, Ricardo Mac Donald Ghisi. De acordo com Ghisi, as empresas terceirizaram a retirada dos cabos irregulares de maneira imprudente. “Algumas empresas contrataram uma equipe que apenas está cortando os cabos e não os recolhem”, diz o secretário. Para Ghisi, a ação é para dificultar a identificação das empresas irregulares.
“Atrapalhar nossa atuação dessa maneira não adiantará muito, pois assim que o cliente reclamar da suspensão do serviço os donos aparecerão”, diz o secretário. O secretário alerta que quem flagrar esse tipo de ação deve anotar a placa do veículo e denunciar para o 156. “Se o cidadão denuncia, conseguimos localizar o proprietário do veículo e facilmente descobrir para quem trabalha”, explica. Já para o cidadão que contratou o serviço dessas empresas e subitamente ficou sem, resta a dor de cabeça de procurar seus direitos junto as empresas contratadas.
Irregulares
Além da multa de R$ 600 por poste, aplicada pela prefeitura, as empresas que mantém cabos desrespeitando as normas técnicas estipuladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) terão que pagar uma multa para a Copel, proprietária dos postes. Como o prazo da notificação enviada pela Copel para regularização do uso dos postes já esgotou em dezembro, 82 notificações e 58 multas, totalizando R$ 397.500, foram aplicadas às empresas Embratel, Horizons, GVT, NET, TVA Sul Paraná e Oi – Brasil Telecom.