A Prefeitura de Curitiba está testando o uso de tinta antipichação em equipamentos públicos mais visados por vândalos. As equipes pintaram alguns viadutos e passarelas, alvos preferenciais dos pichadores. A Secretaria Municipal de Obras Públicas quer reduzir o prejuízo causado com a recuperação dos equipamentos pichados, que chega a quase R$ 1 milhão por ano. O valor equivale à construção de mais uma Unidade de Saúde ou de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI).
O secretário municipal de Obras Públicas, Mario Tookuni, afirma que a medida foi necessária diante das constantes pichações feitas em equipamentos públicos. “A ação de pichadores deixa a cidade feia e destrói patrimônios públicos, que são usados por todos os curitibanos. Em alguns casos, a tinta de pichação corrói os materiais, diminuindo a vida útil dos equipamentos da cidade”.
Dados da Secretaria Municipal da Defesa Social, referentes ao primeiro quadrimestre deste ano, apontam 218 ocorrências de pichações em equipamentos públicos. A maioria concentrada nos bairros da Administração Regional da Matriz, com 54 casos. Em seguida, vêm as Regionais Boa Vista (45), Boqueirão (26), Santa Felicidade (24), Portão (21), Bairro Novo (19), Cajuru (15), CIC e Pinheirinho, ambos com sete incidentes.
Tookuni explicou que a tinta antipichação só será usada em pontos onde os ataques dos pichadores são mais frequentes, como o viaduto do Alto da XV e a parte de baixo do viaduto da rua Victor Ferreira do Amaral, no Tarumã. “Os locais pintados com tinta especial são pontos onde o custo de repintura estava saindo maior que o valor do galão da tinta antipichação”, afirmou. Em média, um galão de tinta antipichação custa até três vezes o valor da tinta normal.
A Secretaria Municipal da Defesa Social também está atuando para reduzir a ação dos pichadores. Além de aumentar o número de guardas e veículos destacados para essa tarefa, a corporação vai fazer um trabalho de inteligência para identificar e deter em flagrante os vândalos.
Denúncias
As denúncias contra ações de pichadores podem ser feitas pelos telefones 153, da Guarda Municipal; 156, da Prefeitura; e 190, da Polícia Militar. Quando há uma denúncia, a Guarda Municipal imediatamente aciona um veículo para conferir a suspeita.
Caso não seja registrado o flagrante, a ocorrência é encaminhada ao serviço de inteligência, que compara as informações e assim define a estratégica de atuação. O serviço especial também monitora os locais, para impedir a reincidência. A Guarda usa também as câmeras de segurança para flagrar pichadores.