Os trabalhadores da limpeza pública de Curitiba rejeitaram ontem a proposta de reajuste salarial feita pelo Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR) e decidiram manter a greve da categoria. Mesmo com a decisão judicial de que 40% dos trabalhadores da limpeza pública de Curitiba devem voltar o trabalho, a prefeitura vai ter que improvisar pra não deixar a cidade sem coleta de lixo.
Os motoristas dos caminhões de lixo, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Paraná (Sitro), decidiram em assembleia não cumprir a determinação da Justiça e manter a greve geral. Segundo Paulo Roberto Ribas, diretor do Sitro, os motoristas decidiram esperar pela audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), marcada para a tarde de hoje.
A prefeitura chegou a anunciar que a coleta de lixo seria retomada a partir das 18h de ontem, informação que foi confirmada pela Cavo, empresa contratada pelo município para fazer o serviço. O Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco) também anunciou que 27 caminhões (40% do total) voltariam às ruas ontem. No entanto, como não há motoristas, o serviço não poderá ser executado.
Para diminuir o acúmulo de lixo pelas ruas, a prefeitura promete ampliar a frota de caminhões próprios deslocados para o serviço. Segundo o secretário municipal de Governo, Ricardo Mac Donald Ghisi, a administração municipal também está pedindo ajuda ao Exército, para que disponibilize homens para auxiliar na coleta. Caçambas também foram instaladas nos terminais de ônibus, onde a população pode depositar o lixo.
A proposta do MPT-PR, recusada pelos trabalhadores, prevê reajuste de 9,7% nos salários e 16,4% no vale alimentação. A categoria pede aumento de 20% nos salários e 30% nos tickets alimentação e refeição.