Prefeitura pode fechar ?escola de lata? na CIC

O possível fechamento da escola municipal João Cabral de Mello Neto, que está sendo estudado pela Prefeitura de Curitiba, vem gerando polêmica entre a comunidade da Vila Verde, na Cidade Industrial. Popularmente conhecida como ?escola de lata?, a instituição foi construída em estrutura metálica como unidade provisória, mas já está em funcionamento há cinco anos.

Segundo o superintendente executivo da Secretaria Municipal de Educação, Jorge Wekerlin, ainda não há nada definitivo quanto à desativação da escola. Porém, a possibilidade vem sendo analisada devido a problemas de infra-estrutura constatados no local. ?Nosso objetivo é oferecer uma melhor qualidade de ensino à população da Vila Verde. A construção metálica é pequena e tem problemas de acústica. No calor, é muito quente. Já no inverno, é extremamente fria?, afirma. ?Vamos ouvir a comunidade e depois decidir o que fazer.?

A escola João Cabral tem cerca de trezentos alunos de ensino fundamental. Com o fechamento, uma alternativa seria transferi-los para a escola municipal América Sabóia, também localizada na vila, e outras próximas à região. A estrutura de metal seria mantida, mas seria destinada a outra finalidade, também ainda não definida.

Pais

Para os pais de alunos matriculados na João Cabral, o assunto tem sido motivo de preocupação. A dona de casa Maria Helena de Souza, que tem uma filha de 10 anos na quarta série da instituição, não gosta da idéia de ter que transferir a menina para outra escola. ?A João Cabral é praticamente do lado de minha casa. Atualmente, minha filha vai para a escola sozinha e eu não preciso me preocupar. Além disso, a instituição e os professores são excelentes?, diz.

Na opinião do operador de máquinas Luiz da Silva, que também tem uma filha matriculada na quarta série, o grande problema é que a escola América Sabóia não tem condições para receber todos os alunos da João Cabral e outras instituições para as quais as crianças poderiam ser transferidas são consideradas distantes. ?A América não irá comportar trezentos novos alunos, o que significa que nem todos os estudantes poderão ir para lá?, comenta.

Já a auxiliar de serviços gerais Maria das Dores Moreira, que tem um filho de oito anos na terceira série, acredita que a estrutura metálica não é ideal para o funcionamento de uma escola. Porém, ela acha que o ideal seria que uma nova edificação fosse construída no local onde hoje se encontra a escola. Desta forma, a atual construção seria desativada aos poucos, e os alunos não precisariam ser transferidos para outro local. 

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