A polêmica sobre o direito de tirar fotografias no Bosque do Papa ganhou destaque nas redes sociais. A prefeitura nega que haja proibição em tirar qualquer tipo de foto no local. Porém, admite que em algumas situações pode ter ocorrido um equivoco em relação as situações em que o registro de imagens era totalmente permitido e ocasiões em que seria necessária uma autorização prévia.
Mas qualquer pessoa que possui um equipamento fotográfico um pouco mais avançado que uma simplória cyber shot e já tentou registrar um momento no Bosque do Papa já deve ter se deparado com Danuta Lisicki, coordenadora do local e representante da Missão Católica Polonesa.
Através de um convênio que a prefeitura possui com a comunidade polonesa, Danuta é a responsável pelas edificações do bosque. Andando pelo parque é possível ver diversos comunicados sobre a proibição de fotografias e filmagens dentro das antigas casas polonesas.
Porém, o alerta passado à população que frequenta o Bosque é de que as fotografias só poderão ser tiradas com uma autorização. Isso estava ocorrendo indiscriminadamente, mesmo quando não se tratavam de fotógrafos profissionais ou produções com fins comerciais. A restrição à fotografia no Bosque estava ocorrendo para todos. A preocupação da coordenação do bosque e o reforço na fiscalização das fotografias teriam surgido após a divulgação de imagens com conteúdo pornográfico dentro do Bosque do Papa. A partir desse episódio, o decreto municipal n.º 471, que exige a autorização para filmagens ou fotografias com fins comerciais, passou a ser utilizado para coibir o livre registro de qualquer um que portasse uma câmera.
Na internet o assunto ganhou repercussão. Muitas pessoas alegam terem sido abordadas ao tentar fotografar o local mesmo em situações cotidianas. Alguns depoimentos afirmam que simples registros estavam sendo perseguidos pela coordenação do Bosque e até pela Guarda Municipal (GM).
Outros alegam que nem descansar com os amigos no gramado está sendo permitido, pois a coordenação orienta que é proibido realizar “encontros” no local. Muitos comentários também diziam que a proibição de fotos existia para forçar a venda dos cartões postais da casa de suvenires.
Prefeitura nega veto
De acordo com a prefeitura, as fotografias nunca foram vetadas. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) avisa que as fotos sempre foram liberadas no local, e apenas quando se trata de casos especiais, como um book de casamento ou outra produção comercial, é exigida uma autorização com a própria secretaria. “Nunca tivemos problemas com fotógrafos. Apenas tentamos organizar essas solicitações para que não atrapalhem com o fluxo do bosque”, alega a SMMA. De acordo com a secretaria, essa autorização serve para que os fotógrafos possam utilizar os lugares em horários com menos fluxo, para não atrapalhar os frequentadores. A secretaria admite que pode ter ocorrido um mal entendido e informou que será realizada uma reunião com a coordenação e com a GM para reafirmar as situações em que a autorização com a SMMA é dispensada.