Depois da polêmica envolvendo o calçamento com gratino na Avenida Bispo Dom José, no bairro do Batel em Curitiba, a Prefeitura parou as obras nesta segunda-feira (14), para reavaliar o projeto que vem da gestão anterior.
A revitalização teria a extensão de 1 km e o custo total de R$ 3,149 milhões. “Muitas coisas que estão nesse projeto não tem cabimento”, disse o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), Sérgio Pires.
Segundo Pires, além do preço do granito ser seis vezes mais caro que o calçamento convencional o projeto não contempla nem o piso tátil, para portadores de necessidades especiais, e tem uma distorção quanto ao afunilamento de tráfego.
Sérgio contou que quando tomou-se ciência de detalhes dessas obras, juntamente com o secretário de Obras, foi até o local para avaliar e hoje pela manhã, em uma conversa com o prefeito Gustavo Fruet, solicitaram a paralização das obras. “Agora, com as obras paradas, vamos decidir o que fazer”, contou.
Segundo Pires, a obra que vem da administração anterior era para ter sido finalizada em dezembro, mas uma modificação realizada deixou-a para o início do ano. De acordo com ele, a avenida em questão tem um tipo de movimento durante o dia e outro a noite. “O estreitamento de via planejado trará um sério problema de trafego na região”, afirmou.
Obras
Além deste projeto no Batel, a administração do ex-prefeito Luciano Ducci deixou também a polêmica alteração na Praça do Japão, por conta do transporte público, que também foi paralisada. “Temos outro estilo de governar, por isso estamos parando tudo para ouvir as pessoas e os envolvidos”, enfatizou Pires.
Comissões
A Prefeitura está instalando diversas comissões para revisão dos projetos herdados. Hoje foi instalada a que vai reavaliar o projeto do Metrô de Curitiba e a promessa é de que nos próximos dias o mesmo será feito com as obras do PAC da Copa, a licitação do lixo, sobre a Linha Verde e outra para os radares.