O Hospital Vita tem um prazo de 24 horas para iniciar a limpeza de um terreno no Bairro Alto, em Curitiba, localizado atrás do hospital, que está desocupado e acumula grande quantidade de lixo. A notificação foi entregue ontem à tarde à superintendência do hospital pela Secretaria Municipal do Urbanismo, após vistoria feita pela equipe da Prefeitura de Curitiba durante a manhã.
O representante do hospital se recusou a assinar a notificação, já que o terreno foi vendido em agosto do ano passado para uma empresa multinacional, a Curitiba Land, que possui apenas um representante no Brasil, em São Paulo. Entretanto, a Prefeitura entende que, como não foi apresentada a averbação em cartório com o nome do novo proprietário, legalmente a propriedade ainda é do Vita.
Mesmo sem a assinatura de recebimento do documento, a notificação foi deixada no local e a empresa é considerada oficialmente notificada para fazer a limpeza do terreno. Se a limpeza não for iniciada no prazo determinado, de 24 horas, a Secretaria do Urbanismo estipulará multas e outras medidas legais para exigir a limpeza do terreno.
De acordo com a Prefeitura, o proprietário do terreno já recebeu notificações por causa do lixo no local em 2003, 2004 e 2005. A Prefeitura não pode se responsabilizar por limpar a área, o que seria caracterizado como invasão.
O Vita informou que não vai tomar qualquer medida para limpar o local e que já repassou toda a documentação necessária para a Prefeitura, comprovando que não é mais proprietária do terreno. Por meio de sua assessoria de imprensa, o hospital afirmou que se coloca à disposição das autoridades e da comunidade para que o problema se resolva o mais rápido possível. A assessoria informou ainda desconhecer o prazo de 24 horas para o começo dos trabalhos.
Terreno
O terreno, que não é cercado, tem mais de 80 mil metros quadrados e fica na esquina da Rua Ângelo Breseghelo com a Rua José Fernandes Maldonado. Como publicado na semana passada por O Estado, moradores do Bairro Alto reclamam da situação atual do terreno. É possível encontrar no local entulho de construção, sacos de lixo abertos, pneus velhos, móveis usados e mato alto. Além do lixo, os moradores contam que o local também virou ponto de consumo de drogas.