Quando se fala de Curitiba, a ligação com o termo "cidade ecológica" é inevitável. A extensão de área verde por habitante e a cultura da separação e reciclagem do lixo são apenas alguns exemplos que colocam a capital do Paraná como referência. Porém nem tudo é tão perfeito quanto parece. Por problemas de falta de consciência de parte da população, a Prefeitura mantém uma fiscalização intensa em terrenos baldios particulares ou públicos.
Segundo o secretário municipal do Meio Ambiente, José Antônio Andregheto, o problema não chega ao ponto da existência de depósitos irregulares, mas muitos cidadãos desrespeitam o meio ambiente. "Para coibir as ações indevidas mantemos um sistema complexo de coleta, com destinação específica para cada tipo de lixo", explica.
Se mesmo assim as irregularidades persistirem, a fiscalização entra em ação. No caso de terrenos particulares, com excesso de entulhos ou ainda mato alto, os proprietários são notificados e precisam tomar providências no prazo de 15 a 30 dias, dependendo da extensão do terreno. Caso o problema não se resolva, o proprietário está sujeito à multa de R$ 800,00 a R$ 10 mil.
Além da multa, se mesmo assim a irregularidade não for sanada, o proprietário pode ter acréscimo no IPTU. "A Prefeitura faz a limpeza do local e o valor referente a este trabalho é cobrado junto com o IPTU", explica Andregheto.
No caso de áreas públicas, como ruas ou leitos de rios, identificar os responsáveis é mais complicado. Por isso, a Prefeitura disponibiliza um canal de denúncia – mediante o fone 156.
Ponta Grossa
Em Ponta Grossa, as irregularidades relativas ao lixo parecem maiores. Nos últimos dias, pelo menos quatro depósitos ilegais de resíduos sólidos foram localizados por fiscais da Prefeitura. Segundo informou o diretor de Departamento de Meio Ambiente da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, Paulo Barros, os depósitos estavam localizados à margem da estrada que liga a cidade à represa de Alagados.
