Após onze dias de greve, finalmente estão abertas as negociações entre Prefeitura e Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar). Uma das condições sugeridas pelo prefeito Silvio Barros (PP) para iniciar as discussões era que os manifestantes liberassem os caminhões de coleta de lixo, barrados desde o último dia 5, e os portões da Secretaria de Serviços Públicos. Cumprida a condição, ontem no começo da noite, as partes voltaram à mesa de negociação já tendo firmado um pré-acordo.
Segundo a Prefeitura, entre as propostas feitas pela administração e contidas no documento, estão a reposição salarial de 4,53%, com a possibilidade de mecanismos de compensação – como bonificações; retomada da discussão sobre os servidores colocados à disposição do sindicato; a criação de uma comissão para discutir o Plano de Carreira, Cargos e Salários; e a compensação pelos dias de paralisação.
De acordo com o sindicato, os portões da Secretaria de Serviços Públicos foram liberados como mostra de boa vontade da categoria em negociar. Ainda segundo eles, a negociação prévia estabelecida com a Prefeitura foi feita ontem, a partir das 11h, toda por telefone e o pré-acordo finalizado via fax. Somente no início da noite que as partes sentaram efetivamente para discutir as propostas. As reivindicações do Sismmar continuam as mesmas: reajuste salarial de 16,67%; pagamento da progressão funcional; regulamentação do plano de cargos, carreiras e salários; e o fim das supostas perseguições. Os manifestantes garantem que, apesar de aberto o canal de negociação, a greve continua e somente na segunda-feira, em assembléia, é que os servidores paralisados decidirão se aceitam ou não os resultados alcançados nas negociações de ontem à noite.
Decisão
Começou a valer ontem a decisão do juiz da Vara da Infância e da Juventude de Maringá, Renê Pereira da Costa, expedida na última terça-feira, que obriga os manifestantes a liberarem o acesso das crianças aos centros de educação infantis, escolas e unidades básicas de saúde. A requisição foi feita pelo Ministério Público para garantir esses serviços essenciais.
