Prefeitura de Curitiba estuda mortes no trânsito

A Prefeitura de Curitiba está realizando um estudo de mortalidade por acidentes de trânsito, sob coordenação da Secretaria Municipal da Saúde e Diretran, que inclui pesquisas em hospitais e um observatório nos locais das ocorrências. As pesquisas começaram na quinta-feira passada e seguem até 28 deste mês. O resultado vai subsidiar futuras ações de enfrentamento dos agravos no trânsito.

A pesquisa vem sendo realizada em três hospitais de referência ao trauma – Hospital do Trabalhador, Hospital Cajuru e Hospital Evangélico -, 24 horas por dia. “O objetivo é mensurar a incidência de agravos relacionados a acidentes de trânsito nos hospitais de emergência do município, qualificar a morbidade encontrada e traçar o perfil da vítima”, explicou a coordenadora de Diagnóstico em Saúde do Centro de Epidemiologia, Vera Lídia de Oliveira.

Nas ruas, o estudo está sendo feito por peritos, também 24 horas por dia, que são chamados ao local da ocorrência pelo serviço 192. Os peritos tiram fotos e preenchem um questionário com informações gerais sobre o acidente, vítimas e sinalização existente. “Ao final da pesquisa vamos analisar acidente por acidente e mapear os locais com maior número de ocorrências”, informou Stella Maris Figueiredo, assessora da presidência da Urbs.

Nos hospitais, serão aplicados questionários, por pesquisadores de empresa especializada, para todos os casos de lesões por acidente de trânsito que derem entrada nos serviços de pronto-atendimento. A pesquisa envolve também lesões por queda. O questionário é preenchido com informações do hospital, do médico responsável pelo atendimento, pela própria vítima e/ou terceiros, após assinatura de termo de autorização.

A amostra da pesquisa, calculada a partir de dados do Siate – relativos a atendimentos feitos no mesmo período de 2003 -, é de aproximadamente 800 casos de acidentes de trânsito e quedas. O estudo faz parte do Projeto de Promoção de Saúde para a Redução da Morbi mortalidade por Acidentes de Trânsito – Mobilizando a Sociedade e Promovendo a Saúde, do Ministério da Saúde, em andamento em Curitiba desde março passado.

Segundo Vera Lídia, historicamente as taxas de mortalidade têm sido os principais indicadores usados para o monitoramento dos agravos de trânsito. “Porém, é necessário conhecer também as taxas relativas à morbidade, a incidência dos acidentes, a características desses agravos e eventuais seqüelas”, disse.

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