Até o fim do ano, a Prefeitura de Curitiba passará a administrar o antigo trecho urbano da BR-116, entre o Pinheirinho (zona sul) e o Atuba (zona norte). A transferência de responsabilidade faz parte de um acordo com o Ministério dos Transportes que envolve também a finalização do Contorno Leste, construído para desviar o tráfego pesado do perímetro urbano que atravessa Curitiba.
O trecho a ser administrado pela Prefeitura não faz mais parte da BR-116: foi incorporado à BR-476. Já o Contorno Leste será incorporado à 116. Na próxima semana, o prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi, deve se reunir com o ministro dos Transportes, João Henrique de Almeida Souza, para definir os detalhes do projetos.
Segundo o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Luiz Hakayama, a responsabilidade sobre a BR traz vantagens para a cidade. “Não existe mais a necessidade de ficar consultando a União para realizar obras ali: ficamos com autonomia para realizar os serviços que considerarmos importantes”, argumenta.
Para Hakayama, no entanto, a União tem a responsabilidade de entregar a rodovia em boas condições. “O governo federal precisa colocar no orçamento a verba necessária para arrumar o trecho”, defende. “Não é obrigação nossa tapar buracos da BR.”
Pelo projeto da Prefeitura, o trecho da rodovia federal receberá uma linha de expressos biarticulados. A previsão para conclusão do projeto na BR é de 2 anos. O financiamento da obra é Fondo Financiero para el Desarrolo de la Cuenca del Plata (Fonplata) no valor de U$S 30 milhões.