Prefeitura combate a dengue na capital

Orientar a população sobre a dengue e promover atividades educativas foi o objetivo do Dia Nacional de Mobilização Contra a Dengue, o Dia D, realizado ontem em todo o País, pelo Ministério da Saúde. Em Curitiba, uma equipe da Prefeitura visitou escolas, unidades de saúde e pontos estratégicos da cidade, como supermercados, para distribuir material educativo. Na Boca Maldita, agentes da Secretaria Municipal da Saúde montaram uma barraca para informar a população.

Atenção especial foi dada ao bairro Boqueirão, local em que já foram encontrados 30 focos do mosquito Aedes aegypti, o que corresponde à maior incidência em Curitiba, 29%. Mesmo sem nunca ter registrados casos próprios de dengue, o município mantém durante o ano todo ações educativas sobre o combate à doença. ?A intenção é eliminar os focos antes mesmo de causar vítimas, contando sempre com a ajuda da população?, afirmou o vice-prefeito e secretário municipal da Saúde, Luciano Ducci.

De janeiro a setembro deste ano, houve um aumento de 50% de casos de dengue no País, em comparação com o mesmo período em 2006. Levantamento da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, mostrou que foram 481.316 casos de dengue clássica, 1.076 casos de febre hemorrágica da dengue e 121 mortes. A região Centro-Oeste é a que apresenta a maior taxa de incidência, com 774,4 casos por 100 mil habitantes.

No Paraná, cinco cidades apresentaram índices elevados de infestação predial, o que caracteriza um sinal de alerta: Apucarana (1,1%), Foz do Iguaçu (1,2%), Guaíra (3,3%), Maringá (1,1%) e Paranavaí (1,9%). Resultados considerados satisfatórios são índices que ficam abaixo de 1%, como foi o caso de Cambé, Cascavel, Curitiba, Londrina e Toledo.

Doença

A doença é transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti, que se reproduz na água limpa e parada. Por isso, plantas com pratinhos de água, baldes e pneus não devem ficam expostos, já que podem acumular água. O período mais propício para difusão da doença é de janeiro a maio, devido as condições climáticas favoráveis ao mosquito transmissor.

Febre alta, dor de cabeça, fraqueza, sangramento na gengiva e no nariz e sensação de pressão nos olhos são alguns sintomas da doença. Caso esses sinais apareçam, é preciso evitar a automedicação e procurar um serviço médico o mais rápido possível.

Ainda sem vacina para a doença, as possibilidades para os próximos anos não são animadoras. De acordo com o diretor da Secretaria de Vigilância em Saúde, Fabiano Pimenta, não existe qualquer perspectiva de produzir o medicamento, pelo menos para os próximos cinco anos. ?O único jeito é prevenir. O poder público tem tentado promover várias ações, como as visitas domiciliares de agentes, mas é muito importante também que os cidadãos se engajem no processo?, afirmou.

O Ministério da Saúde colocou na internet informações para orientar a população na prevenção e no combate à dengue. É possível encontrar a forma de contágio, sintomas, tratamento e a situação das regiões brasileiras no site www.saude.gov.br/dengue.

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