Os prefeitos de General Carneiro, Bituruna, Cruz Machado, União da Vitória, Porto Vitória, São Mateus do Sul, Antônio Olinto, Paula Freitas e Paulo Frontin, todos na região Sul do Estado, não concordam com a cobrança de pedágio no trecho da BR-476 (Rodovia do Xisto) da Lapa até Curitiba. Para eles, a cobrança fará com que a economia regional, baseada na produção de artefatos de madeira, seja prejudicada. “Tudo passa por Curitiba e os produtos que são para a exportação têm que ir para Paranaguá”, reclamou o presidente da Associação dos Municípios do Sul do Paraná (Ansulpar) e prefeito de General Carneiro, Joelcy Marcos Lammel (PPS).
Lammel explicou que mesmo com as obras de revitalização, feitas pela concessionária Caminhos do Paraná, nos trechos de Araucária até a Lapa e da Lapa até Porto Amazonas, os usuários vindos do Sul continuam tendo que utilizar estradas em péssima situação. “Primeiro se usa a PR-153 e posteriormente a BR-476, que até chegar na Lapa continua horrível, com a pista esburacada e sem acostamento”, reclamou, afirmando que a associação poderá tentar junto ao governo do Estado e à concessionária uma tarifa especial para moradores da região.
O prefeito de São Mateus do Sul, distante 80 quilômetros ao sul da Lapa, Luiz Adir Gonçalves Pereira (PSDB), é um dos mais descontentes com a implantação do pedágio. “A BR-476 no trecho de São Mateus do Sul até a Lapa não recebeu nenhum benefício e mesmo assim teremos que pagar pedágio”, disse o prefeito, destacando que o outro caminho para chegar a Curitiba é via BR-277, também pedagiada. ” Ficamos sem nenhuma opção para não pagar pedágio”, reclamou.
Conforme o cronograma da Caminhos do Paraná, o trecho de Contenda até a Lapa já está completamente recuperado. Até o próximo dia 15 toda a obra nos dois trechos estará finalizada. O pedágio deve começar a ser cobrado logo em seguida. A tarifa ainda não foi definida.