Prefeito de Foz manda desligar todos os radares

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Agora será feita uma avaliação
do comportamento do trânsito
nos locais onde os equipamentos estão instalados.

Os 22 radares espalhados pelas ruas de Foz do Iguaçu serão desligados hoje. A decisão foi tomada ontem pelo prefeito Paulo Mac Donald Ghisi em reunião com representantes da empresa Consórcio Iguaçu, presidente do Foztrans, engenheiro Yoshimitsu Oda, e da procuradora-geral do município, Gláucia Ascoli. "Prometemos acabar com a indústria da multa e acabamos", lembrou o prefeito.

Nas primeiras semanas após a desativação dos pardais, será feita uma avaliação do comportamento do trânsito nos locais onde os equipamentos estão instalados. "Vamos fazer uma análise crítica da engenharia de tráfego nestes pontos", explicou Oda. Os pontos de instalação dos radares foi definido pelo Foztrans, na data da implantação. "A escolha desses locais não levou em consideração os pontos violentos, mas os com possibilidade de maior renda com a aplicação de multas", afirmou Paulo.

Educação

Mesmo existindo um contrato entre o município e a empresa fornecedora dos equipamentos, a administração não terá qualquer despesa com os radares que permanecem instalados até o próximo dia 15. Neste período, será feito um estudo da possibilidade de aproveitamento do contrato com o consórcio, que foi renovado pela gestão anterior em maio, para mais 30 meses de prestação de serviços.

A idéia é utilizar equipamentos de educação do trânsito, também fabricados e comercializados pelo Consórcio Iguaçu, nos pontos de maior incidência de acidentes na cidade. Segundo levantamento do Instituto de Trânsito, são dez os pontos, que receberam inclusive placas de sinalização com a colocação no ranking de insegurança e violência no trânsito. "Queremos reduzir em, no mínimo, 50% o número de acidentes no perímetro urbano", anunciou Paulo. Atualmente cerca de 70% dos leitos de UTI da rede pública de saúde são ocupados por vítimas de acidentes e atropelamentos. "O custo da violência no trânsito é muito alto para o sistema de saúde", disse o prefeito.

Perda de receita

Os pardais monitoram o trânsito durante 16 horas por dia, entre às 22h e 6h. De junho de 2002 a dezembro de 2004, a administração faturou R$ 3.655.133,00 com a aplicação de multas por excesso de velocidade. No mesmo período foram pagos R$ 1.379.069,00 para a empresa que instalou e mantém os radares. Esse montante equivale a uma média de R$ 1 mil por faixa monitorada de aluguel mensal. "Mesmo havendo a perda da receita, nossa opção é por adotar medidas educativas para o trânsito", afirmou Oda.

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