A conclusão das obras do prédio que ficaram, durante quase 20 anos, abandonadas no Centro Cívico, em Curitiba, já é uma realidade. O governo do Paraná investiu cerca de R$ 21 milhões na recuperação do edifício, que será inaugurado no dia 1.º de janeiro, durante a posse do governador Roberto Requião. O prédio será, provisoriamente, a sede do governo do Estado até que sejam realizadas as obras de reformas do Palácio Iguaçu. Também vai abrigar algumas secretarias de Estado que hoje ficam distantes no Centro Cívico.
Na avaliação do secretário de Obras, Luiz Caron, o término do prédio, que já foi símbolo do desperdício de dinheiro público, apaga uma marca de negligência do passado. ?Considero essa obra como um emblema do governo Requião, que está fazendo a recomposição patrimonial e institucional do Estado?, afirmou durante um evento comemorativo oferecido pela construtora responsável pela recuperação.
Caron também lembrou o processo da retomada das obras do edifício, que começou a ser construído na década de 50. A obra foi interrompida pela primeira vez em 1953 e novamente nos anos 80. Ele disse que, no começo desse governo, surgiu a hipótese de implodir o prédio. ?A implosão custaria cerca de R$ 3 milhões e teríamos que gastar mais R$ 1 milhão para preparar o lugar que receberia os escombros. Ou seja, gastaríamos R$ 4 milhões para não ter nada?, disse ao lembrar que a recuperação foi mais vantajosa.
O presidente do Tribunal de Contas do Paraná, Heinz Herwig, acrescentou que a recuperação resgata a confiança no uso do dinheiro público. ?Como morador de Curitiba e presidente do TC, eu tinha essa obra engasgada, pois obra inacabada é muito pior que obra não realizada?, disse. ?Sendo responsável pela fiscalização dos gastos públicos no Paraná, me doía ver da janela esse desperdício.?
O diretor-presidente da Thá Engenharia, Francisco Pascoal, destacou o esforço do governo estadual em retomar uma obra. Ele disse que a empresa raramente participa de concorrências públicas, atuando preferencialmente na construção de edifícios residenciais. ?Mas essa obra nos chamou a atenção por todo o conteúdo simbólico e pelo desafio tecnológico?, afirmou. (AEN)
