Mesmo com o início das obras de construção de um muro cercando todo o condomínio, os moradores do Conjunto Residencial Esplanada, no Sítio Cercado, continuam com problemas com a Administradora Pontual, responsável pela manutenção do terreno. As reclamações se estendem desde o início do ano e os condôminos cobram uma solução da Caixa Econômica Federal (CEF), já que o conjunto é alienado pelo órgão.
De acordo com a cabeleireira Maria Aparecida Araújo, uma das moradoras do condomínio, apesar de a construção do muro ter sido iniciada, ela não foi concluída. “O muro foi erguido, mas continuamos sem portão e a obra está parada há três meses”, conta. Além disso, outras questões que já estavam pendentes em abril, conforme noticiado por O Estado do Paraná, continuam sem solução.
“Ainda estamos sem interfone, a pintura precisa ser feita, a caixa d’água vive quebrada e há rachaduras em todo o prédio”, completa. A cabeleireira ainda afirma que não entende o porquê de as obras não serem executadas, já que os moradores pagam mensalmente uma taxa de condomínio considerada “alta” por ela – o valor fica entre R$ 120 e R$ 150 por mês. “A impressão que dá é que eles sumiram com o dinheiro, mas a Caixa não permite nem que a gente troque a administradora por um síndico”, reclama.
Por outro lado, a Pontual afirma que não há abandono do condomínio e que o condomínio tinha saldo insuficiente para obras quando a empresa assumiu a administração dele. “Em 21/09 através de assembléia os moradores decidiram retirar os serviços de vigilância, porém a taxa de condomínio permaneceu no mesmo valor, para que fosse arrecadado o valor para as obras necessárias em especial o muro”, explica em nota enviada à reportagem.
O motivo para não terem sido realizadas outras obras, apesar de haver sobra dos valores de condomínio arrecadados seria a alta taxa de inadimplência entre os moradores. “Cabe ressaltar que o condomínio possui sobrevive apenas das taxas de condomínio arrecadadas e a inadimplência deste condomínio é bastante elevada, beirando 40%, o que em muitas vezes compromete a arrecadação e a realização de benfeitorias e até mesmos as mais simples manutenções, já que o condomínio não consegue arcar com seus gastos”, argumenta a empresa.
Em relação à construção do muro, a administradora explica que a demora em sua conclusão se deve a uma dificuldade de entendimento entre os próprios condôminos, que estão demorando a entrar em um consenso a respeito de detalhes da obra, como a quantidade de portões. A Caixa, por sua vez, afirma que não tem mais poder de gestão em relação ao condomínio, pois mais de um terço dos imóveis já foi quitado pelos proprietários. O Conjunto Residencial Esplanada faz parte do Programa de Arrendamento Residencial, programa de subsídio de moradias populares anterior ao Minha Casa, Minha Vida.