O “esqueleto” de um prédio abandonado na Avenida República Argentina, próximo à Praça do Japão, em Curitiba, está causando insônia nos moradores vizinhos. O local vem servindo de abrigo para menores que, durante a noite, fazem muito barulho, incomodando a vizinhança. Os vizinhos afimam que os jovens se reúnem no local para usarem drogas…
O porteiro de um prédio em frente à obra abandonada, Jeremias Rodrigues de Campos, contou que uns vinte menores vivem no local. “Eles cheiram solvente de tinta e brincam com ele, podendo colocar fogo sem querer em algum lugar. Outra coisa perigosa é que eles brincam de jogar pedras”, contou, Campos, lembrando do perigo de assaltos, principalmente contra pessoas mais idosas.
Enquanto a reportagem de O Estado estava no local, o prédio estava vazio. Membros do Resgate Social da Prefeitura de Curitiba e da Polícia Militar estavam vistoriando o prédio. Eles fazem parte do programa Criança Segurança, que tira os menores da rua, oferecendo assistência social e ensino de várias atividades. O 3.º sargento Gilberto Trevisan, que faz parte do projeto explicou, que não tem como prender as crianças. Algumas aceitam , mas outras acabam retornando para as ruas. “Vistoriamos este prédio diariamente. Hoje pela manhã foram encontrados cinco menores. Ontem (anteontem) foram encontrados cerca de 25 deles, dez aceitaram receber o nosso apoio”, contou, destacando que o número de ocupantes do prédio abandonado aumentou quando um hipermercado foi inaugurado próximo.
Solução em breve
O diretor do Departamento de Fiscalização da Secretaria Municipal de Urbanismo, Rafael Mueller, afirmou que o prédio em breve estará completamente vedado, impedindo a entrada dos menores. Hoje ele é fechado com tapumes, facilmente removíveis, mas os donos já foram notificados para que façam o fechamento com telas. “O prédio pertencia a uma construtora que faliu. Posteriormente a massa falida assumiu, mas não tinha dinheiro para colocar telas e fez apenas os tapumes. Agora ele venderam judicialmente o esqueleto, então a secretaria já notificou o novo dono para colocar as telas”, contou Müeller.