A subsede do Ministério Público do Paraná (MP-PR), na Avenida Marechal Floriano Peixoto, no bairro Rebouças, em Curitiba, vai passar por reformas para corrigir problemas estruturais.

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Prédio de mais de cem anos, tombado pelo patrimônio histórico, terá uma central para atender a população após as obras serem concluídas. Hoje, as promotorias especializadas e centros de apoio de atendimento à população funcionam no local, embora parte do prédio esteja interditada há um ano pela existência de rachaduras nas paredes.

Semana passada foi homologada a licitação do projeto para o restauro, feita pela Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop). Ainda sem prazo definido, a empresa vencedora, Barão Engenharia, deve entregar o projeto para que outra licitação, das obras propriamente ditas, comece.

O recurso para a revitalização será repassado pela prefeitura de Curitiba, a partir do valor arrecadado com a venda de cotas de potencial construtivo. A ideia é corrigir problemas na estrutura do prédio, como fissuras que foram aparecendo com o tempo. “Por enquanto é um problema pequeno, mas por prevenção foi pedido isolamento daquela ala”, explica Hermes Peyer, da Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi) da prefeitura.

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De acordo com o MP-PR, grande parte do valor necessário já está arrecadado. “Temos uma dupla responsabilidade com a preservação do prédio, pois somos responsáveis pela preservação de todo o patrimônio”, comenta o procurador-geral de Justiça, Olympio de Sá Sotto Maior Neto. Assim que as obras ficarem prontas, a intenção do MP-PR é criar uma central de atendimento para acabar com o desencontro de informações e minimizar a necessidade de deslocamento da população que procura os serviços do órgão.

Histórico

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Adquirido pelo Estado do Paraná em 1902, o prédio que hoje é subsede do MP-PR já abrigou a sede do primeiro Tribunal de Justiça do Paraná e foi Secretaria de Estado da Justiça. Em 1991, o MP-PR se instalou em parte do prédio e, em 1996, iniciou a primeira restauração no local.

Convênio entre o MP-PR e a prefeitura previa, além do restauro, a manutenção do prédio. Na época, a obra custou o equivalente a R$ 2 milhões. O título de Patrimônio Histórico, que implica na proibição da demolição do prédio e execução de alterações que possam comprometer a estrutura ou a arquitetura do edifício, foi concedido em 2002 pelo Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná.