Preços não atrapalham venda de fogos

Mesmo com aumento entre 15% e 20% no preço dos fogos de artifício, a expectativa no comércio é boa para as vendas no réveillon. Um dos proprietários da Fogos Lanza, Moisés Lanza, estima que as vendas deste ano ultrapassem em 3% a 5% as do ano passado. Lanza afirmou que 2002 foi um bom ano para o setor devido à Copa do Mundo e à campanha eleitoral. A tradição de soltar fogos de artifício durante as festas juninas também parece ter aumentada, segundo o empresário.

Embora o crescimento nas vendas, cada consumidor comprou menos do que em outros anos. “Mais pessoas nos procuraram, mas com certeza, estão levando menos produtos. O consumidor acabou sentindo os aumentos”, contou Lanza. Ele citou que os fogos mais vendidos são o 12×1, a bateria de novecentos tiros e o “kit minishow”. Os produtos mais acessíveis ao consumidor no entanto são os foguetes de 3 tiros. A caixa com 12 peças custa R$ 4,00.

Uma da preocupações das revendas de fogos é com a segurança. Este ano, além daqueles que já são auto-encaixáveis ? para deixar a mão do usuário longe do material explosivo ?, também há uma base plástica que acompanha os foguetes. “Você encaixa o foguete na base, acende e sai de perto. Assim não há nenhum perigo de que estoure nas suas mãos”, explicou Lanza. Além disso, ele destacou que no uso de baterias é importante nunca voltar em seguida ao local se a bateria falhar. “Caso ela falhe, esqueça dela. Volte lá só depois de um bom tempo. Muitos acidentes acontecem pois pessoas voltam ver o que aconteceu e ai ela estoura”, alertou.

Copacabana

Pela primeira vez na história, o réveillon mais badalado do Brasil ? e um dos mais famosos do mundo ? ficará sob a responsabilidade de uma empresa paranaense. O show de fogos na praia de Copacabana, no Rio, será feito pela Fogos Lanza, empresa genuinamente curitibana.

Há dois anos, houve problemas e pessoas saíram feridas no show pirotécnico. No ano passado, o espetáculo foi transferido das areias para balsas no mar, mas o resultado não agradou aos organizadores do evento. “Este ano 33 empresas apresentaram seus projetos. Dessas, a Lanza e mais duas foram convidadas para fazer demonstrações. Depois disso fomos escolhidos”, salientou Lanza, destacando que os critérios para a escolha foram a beleza e a segurança no projeto, independente dos custos. No show da virada do ano em Copacabana devem ser queimadas 12 toneladas de fogos de artifício.

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