Acaba amanhã o prazo para os geradores de lixo infectante da capital apresentarem à Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) o plano de gerenciamento dos resíduos. Daqui a um mês – prazo prorrogável por, no máximo, mais trinta dias -, os próprios geradores de lixo hospitalar terão que dar a destinação final a ele.
Até o momento, mesmo com a disponibilidade de técnicos da secretaria para ajudar os geradores a fazer o plano, o número de clínicas e hospitais que já entregaram o plano é bem baixo. Até sexta-feira, menos de cem dos cerca de 5 mil geradores haviam apresentado o plano. "Quem não entregar o plano está sujeitoa notificação, multa e até interdição em casos mais extremos, em que a não destinação correta gera danos ambientais", explicou a assessora técnica da SMMA, Marilza Dias.
O secretário municipal do Meio Ambiente, Domingos Caporrino Neto, disse que todas as entidades representativas foram oficiadas para comunicar seus filiados sobre o gerenciamento do lixo hospitalar, já que está se esgotando a vida útil da vala séptica na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). O lixo hospitalar será depositado lá apenas por, no máximo, mais dois meses. "Não está havendo empenho do setor para esclarecer a situação. Estão querendo transferir a responsabilidade para o município", disse Caporrino, lembrando que tanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) determinam que o gerador é que deve dar a destinação final ao lixo infectante. Na opinião dele, União, Estado e município deveriam trabalhar em conjunto para encontrar soluções para o problema.
