A Secretaria Municipal do Meio Ambiente está plantando Pau-Brasil nas praças da região central de Curitiba. A iniciativa é deixar uma mostra da árvore nativa que deu origem ao nome do país e que está ameaçada de extinção.
“Não é um trabalho de arborização, mas um ato simbólico para que a população tenha o privilégio de conhecer a árvore que leva o nome do país e é de grande relevância histórica”, diz o gerente de praças da Secretaria do Meio Ambiente, Jean Brasil. No total, serão plantadas 80 mudas de Pau-Brasil nas principais praças centrais.
Cada praça deve receber entre uma e três mudas de dois metros de altura. O plantio já foi feito na Tiradentes, Carlos Gomes, 29 de Março, Nossa Senhora de Salete e Santos Dumont, e até meados de novembro o trabalho estará terminado.
O maior desafio é a manutenção e o desenvolvimento das plantas. Apesar de ser uma planta nativa, o Pau-Brasil não é originário da região de Curitiba. A árvore ocorre em estados de clima mais quentes, como no Nordeste.
“A planta não tolera muito vento, por isso, a região central é mais propícia, porque os edifícios acabam formando barreiras. A escolha dos pontos de plantio na praça também é importante”, explica Brasil.
As mudas que estão sendo plantadas foram doadas ao Horto Municipal por uma empresa de Pernambuco, e têm cerca de oito anos. Segundo o engenheiro florestal Jaime Luiz Cobalchini, o Horto de Curitiba não produz mudas de Pau-Brasil em escala.
“É um cultivo difícil, temos apenas uma produção caseira para plantios simbólicos”, diz. Em frente à sede da Prefeitura de Curitiba, no Centro Cívico, existe um Pau-Brasil de cerca de 30 anos. A árvore está na lista das imunes de corte do município.
A exploração do Pau-Brasil foi o primeiro ciclo econômico do país. A árvore explorada pelos portugueses era exportada aos países europeus para extração da brasilina, pigmento avermelhado retirado do cerne da madeira usado na coloração de tecidos pela indústria téxtil.