As chamadas ?pérolas? nas redações dos vestibulares, com erros gramaticais e de ortografia, parecem que estão ficando raras. Pelo menos na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), onde, na média, os vestibulandos estão tendo bom desempenho no desenvolvimento e produção dos textos.
A avaliação foi feita ontem por uma comissão de professores que está trabalhando na correção de 12.442 redações do último concurso vestibular, encerrado no domingo. Os candidatos tiveram como proposta de redação produzir dois textos utilizando informações retiradas de veículos de comunicação. Um deles falava sobre as mudanças climáticas e o protocolo de Kyoto, e o outro apresentava uma tabela com espécies nativas do Paraná ameaçadas de extinção. No entendimento da professora de Literatura da PUCPR, Marcela Lopes Guimarães, a proposta de apresentar uma tabela foi ambiciosa, mas a grande maioria conseguiu interpretar e fazer uma leitura crítica.
Os termos utilizados na internet, como palavras abreviadas, não tiveram muitos registros, disse a professora de Língua Portuguesa e Metogologia, Maria Cristina Monteiro. Segundo ela, o que chamou a atenção foi o emprego de palavras como ?concerteza? ao invés de com certeza. Além disso, textos feitos em bloco, sem pontos ou divididos por períodos. Os professores da comissão de avaliação da redação da PUCPR afirmaram que a grande maioria dos candidatos sabia o que era o protocolo de Kyoto, apresentando ainda uma visão ambientalista. A univerisadade deve divulgar o resultado do concurso até o dia 6 de janeiro.
