Pouca gente precisou de atendimento médico ontem

O movimento nas unidades de saúde 24 horas de Curitiba foi atípico ontem. As filas e a falta de médicos, registradas há uma semana, não foram verificadas na maioria das unidades. Na Fazendinha, onde são atendidas em média setecentas pessoas por dia, menos de um terço procurou atendimento na manhã de ontem.

A dona de casa Denise Maria Gusso foi com as gêmeas Andressa e Adriana ao posto Albert Sabin, na Fazendinha (zona oeste) . Uma das filhas precisava tirar os pontos de uma sutura no queixo. Denise conta que foi atendida em menos de quinze minutos. Rápido também foi o atendimento da estudante Leide Suelem Cordeiro, que chegou às 9h na unidade e meia hora depois já havia passado pela triagem e aguardava a consulta médica. A direção da unidade de saúde não soube explicar o porquê da queda no movimento.

O lavrador Nelson Bonato, de Balsa Nova, chegou às 7h ao posto 24h de Campo Comprido (zona oeste) e foi atendido às 8h30. Ele conta que essa foi a terceira vez que procurou atendimento naquele posto, e em todas as vezes não precisou aguardar muito pelo atendimento. Maria Benedita de Moraes veio de Arapoti para tentar descobrir as causas das freqüentes dores de cabeça. Ela chegou na unidade de Campo Comprido às 7h15 e às 8h50 já havia consultado. A irmã, Maria de Lurdes Araújo, que foi acompanhá-la, também conseguiu agendar uma consulta com um ginecologista para o período da tarde. O casal Terezinha Vargas e Joanir Rodrigues conseguiu atendimento em meia hora com um pediatra, no mesmo posto, para a filha Débora.

No posto do Sítio Cercado (zona sul), o atendimento estava mais demorado, mas ninguém saiu do local sem ser atendido por um médico. Leonice Mikoloski diz que chegou na unidade de saúde por volta das 8h50 e havia muitas pessoas aguardando atendimento. “Até achei que iria demorar”, comenta, acrescentando que às 10h já tinha consultado o médico. A dona de casa Joana Santana, moradora no Jardim Paranaense, tentou uma consulta no posto de saúde próximo a sua casa, mas foi encaminhada para a unidade 24h por falta de médicos. “Lá a gente tem que madrugar na fila para marcar a consulta para dois dias. Aqui foi rápido”, comenta.

Atendimento pode ficar melhor

A Secretaria Municipal da Saúde informa que o trabalho à população nas unidades 24 horas pode ser melhorado durante o dia, se os usuários que não necessitam do atendimento de emergência procurarem, antes, as unidades básicas de saúde.

A superintendente da Saúde Municipal, Ivana Busato, informou ser ainda grande o número de pessoas que procuram as 24 horas em horários em que todas as 104 unidades estão abertas e para situações que não se enquadram em casos de emergência.

Segundo Ivana, os médicos das unidades básicas de saúde estão preparados para atender à maioria dos casos e, para aqueles considerados mais graves e que necessitam de atendimento de emergência, encaminhar os pacientes às unidades 24 horas.

“As pessoas têm a falsa idéia de que o paciente só será atendido se for ao 24 horas. Isso não é verdade”, afirmou a autoridade sanitária da unidade 24 horas do Boqueirão, Inês Manassés. Ela explicou que o paciente pode ir até a unidade básica e, se for uma urgência ou emergência, será encaminhado para a 24 horas.

Quando não é emergência, o médico atenderá no mesmo dia ou poderá marcar a consulta para outro dia. Ela lembrou também que, utilizando as 24 horas, o paciente deixa de participar dos programas existentes nas unidades básicas.

“É importante que a população se conscientize disso para que todos sejam atendidos da melhor forma possível”, afirmou Ivana. “Tenho absoluta certeza de que o atendimento nas cinco unidades 24 horas vai ficar ainda muito melhor se os usuários avaliarem antes se o caso é ou não de emergência”, disse Ivana.

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